São Paulo, segunda-feira, 06 de abril de 2009

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13% dos brasileiros são obesos, aponta pesquisa

Índice era de 11,4% em 2006, segundo levantamento do Ministério da Saúde

Dados foram obtidos por telefone em 27 capitais; alta na proporção obesos é atribuída ao hábito de comer mais fora de casa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Embora o sedentarismo no Brasil tenha diminuído entre 2006 e 2008, a proporção de obesos no país continua crescendo. Essa é uma das principais conclusões de pesquisa do Ministério da Saúde feita por telefone em 27 capitais.
Para chegar aos resultados, foi calculado o IMC (Índice de Massa Corporal) dos entrevistados, que é o resultado da divisão do peso pela altura elevada ao quadrado. Considera-se que quem tem um índice maior do que 25 tem excesso de peso, e quem está acima de 30 é obeso.
O levantamento constatou que 43,3% dos moradores das capitais têm excesso de peso.
Dentro desse percentual, estão os 13% de obesos, que, três anos antes, representavam 11,4% da população. Porto Alegre é a capital brasileira com mais pessoas nessa situação.
A pesquisa do ministério ouviu 54 mil pessoas. Foram feitos cálculos para que não fossem distorcidas as estimativas em capitais com baixa cobertura de telefonia fixa, mas a pasta não descarta que parte dos habitantes dessas cidades possa estar excluída das estatísticas.
A alta da obesidade é creditada a uma mudança nos hábitos alimentares dos brasileiros, que cada vez mais comem fora de casa. Mesmo que seja preocupante, o índice ainda está em patamar inferior ao de outros países. Nos EUA, onde também é feita uma pesquisa por telefone, foi constatado praticamente o dobro do índice de obesos.
Um dado considerado alentador pelo Ministério da Saúde foi uma redução do sedentarismo e o aumento do consumo de frutas e hortaliças. De modo geral, constatou-se que as mulheres se alimentam melhor.
Por outro lado, aumentou outro fator relacionado a doenças e mortes violentas: o consumo abusivo de álcool. Em 2006, o problema alcançava 16,1% da população e hoje chega a 19%.
O ritmo de crescimento é mais rápido entre as mulheres: entre elas, a proporção cresceu 30% nos três anos; entre os homens, 18%. Outra singularidade em relação ao consumo de álcool pelas mulheres é que ele é mais presente entre as que têm maior escolaridade, o que não ocorre entre os homens.
Considerou-se abusivo o consumo em uma única ocasião no mês de mais de quatro doses de bebida alcoólica, para as mulheres, ou mais de cinco no caso dos homens.
Em relação ao tabagismo, a pesquisa mostra queda no número de fumantes, de 16,2% da população das capitais em 2006 para 15,2% em 2008.
Em 1989, uma pesquisa nacional apontava que 34,8% dos brasileiros fumavam. Entre as capitais, São Paulo é a que tem a maior proporção de fumantes.

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