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13% dos brasileiros são obesos, aponta pesquisa
Índice era de 11,4% em 2006, segundo levantamento do Ministério da Saúde
Dados foram obtidos por telefone em 27 capitais; alta na proporção obesos é atribuída ao hábito de comer mais fora de casa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Embora o sedentarismo no
Brasil tenha diminuído entre
2006 e 2008, a proporção de
obesos no país continua crescendo. Essa é uma das principais conclusões de pesquisa do
Ministério da Saúde feita por
telefone em 27 capitais.
Para chegar aos resultados,
foi calculado o IMC (Índice de
Massa Corporal) dos entrevistados, que é o resultado da divisão do peso pela altura elevada
ao quadrado. Considera-se que
quem tem um índice maior do
que 25 tem excesso de peso, e
quem está acima de 30 é obeso.
O levantamento constatou
que 43,3% dos moradores das
capitais têm excesso de peso.
Dentro desse percentual, estão os 13% de obesos, que, três
anos antes, representavam
11,4% da população. Porto Alegre é a capital brasileira com
mais pessoas nessa situação.
A pesquisa do ministério ouviu 54 mil pessoas. Foram feitos cálculos para que não fossem distorcidas as estimativas
em capitais com baixa cobertura de telefonia fixa, mas a pasta
não descarta que parte dos habitantes dessas cidades possa
estar excluída das estatísticas.
A alta da obesidade é creditada a uma mudança nos hábitos
alimentares dos brasileiros,
que cada vez mais comem fora
de casa. Mesmo que seja preocupante, o índice ainda está em
patamar inferior ao de outros
países. Nos EUA, onde também
é feita uma pesquisa por telefone, foi constatado praticamente o dobro do índice de obesos.
Um dado considerado alentador pelo Ministério da Saúde
foi uma redução do sedentarismo e o aumento do consumo de
frutas e hortaliças. De modo geral, constatou-se que as mulheres se alimentam melhor.
Por outro lado, aumentou
outro fator relacionado a doenças e mortes violentas: o consumo abusivo de álcool. Em 2006,
o problema alcançava 16,1% da
população e hoje chega a 19%.
O ritmo de crescimento é
mais rápido entre as mulheres:
entre elas, a proporção cresceu
30% nos três anos; entre os homens, 18%. Outra singularidade em relação ao consumo de
álcool pelas mulheres é que ele
é mais presente entre as que
têm maior escolaridade, o que
não ocorre entre os homens.
Considerou-se abusivo o
consumo em uma única ocasião no mês de mais de quatro
doses de bebida alcoólica, para
as mulheres, ou mais de cinco
no caso dos homens.
Em relação ao tabagismo, a
pesquisa mostra queda no número de fumantes, de 16,2% da
população das capitais em
2006 para 15,2% em 2008.
Em 1989, uma pesquisa nacional apontava que 34,8% dos
brasileiros fumavam. Entre as
capitais, São Paulo é a que tem a
maior proporção de fumantes.
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