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Sedentarismo é fenômeno típico de grandes metrópoles, diz Temporão
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Saúde, José
Gomes Temporão, afirmou ontem que o baixo percentual de
praticantes de atividade física
em São Paulo e no Rio de Janeiro, verificado em pesquisa realizada pelo ministério, é típico
de grandes metrópoles, onde
predominam novos hábitos de
alimentação e de consumo.
No ano passado, apenas
12,1% dos moradores de São
Paulo faziam exercícios regularmente. No Rio, o percentual
era de 15,9%. A média do país
foi de 16,4%. Em comparação
aos resultados verificados em
anos anteriores, a pesquisa
mostrou, em âmbito nacional,
uma queda do sedentarismo.
"As grandes metrópoles têm
esse problema: a introdução de
novos hábitos, a questão da internet, da TV, a mudança do padrão de alimentação, o consumo de produtos semi-industrializados, em que você só precisa colocar no micro-ondas e
apertar um botão... Tudo isso
leva a um padrão de alimentação e sedentarismo muito danoso. Durante décadas você vai
construindo esse padrão e depois vem a hipertensão, o diabetes, o infarto, com graves danos para você, sua família e o
sistema de saúde porque isso é
custo para o sistema", afirmou.
Temporão esteve ontem no
Rio para o lançamento de uma
campanha de estímulo à prática de atividade física e ao combate ao sedentarismo. Caminhadas foram realizadas em diversas cidades do país.
O Ministério investe hoje R$
25 milhões anuais repassados
para 450 municípios para medidas de apoio à prática de
exercícios. O governo quer aumentar o valor para uma cifra
em torno de R$ 60 milhões até
2011 e alcançar um total de mil
municípios.
Temporão afirmou que o país
poderia evitar 260 mil mortes
por ano caso a população adotasse hábitos mais saudáveis,
como alimentação balanceada
e prática regular de exercícios.
O Ministério da Saúde considera como padrão a prática de atividades leves por 30 minutos
cinco vezes por semana ou de
atividades vigorosas por pelo
menos 20 minutos em três dias
da semana.
"Uma simples caminhada é
uma atividade importante, correr atrás do neto, fazer sexo é
uma atividade boa para a saúde,
sempre com proteção", afirmou Temporão.
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