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Juradas dizem
estar frustradas com decisão
DOS ENVIADOS ESPECIAIS
Dois dos sete jurados ouvidos
pela Folha após a divulgação da
sentença disseram estar "frustrados" com a decisão que permitiu
a Pimenta Neves recorrer em liberdade. "Estou frustrada, já que
ele cometeu um crime e saiu do
tribunal sem estar preso", afirmou a terapeuta ocupacional Gisele Maria Alves, 35.
Para ela, o assassinato de Sandra
Gomide não tem nada de crime
passional. "Ninguém mata por
amor. Para mim foi um crime hediondo", afirmou. Mas disse não
ter ficado convencida de que se
tratou de um crime premeditado.
"Nessa experiência que tive como jurada pude perceber como
funciona a Justiça brasileira", criticou outra jurada do caso, a professora Simone Godinho Rodrigues, 31. Ela diz que os demais jurados também se decepcionaram.
"Toda a votação [para a condenação] foi 7 a 0. Já as qualificadoras [motivo torpe e sem possibilidade de a vítima se defender] foram 5 a 2. Depois de três dias,
houve uma decepção", afirmou.
Simone também diz duvidar
que houve premeditação. "A defesa mostrou que ele não estava
muito bem antes do crime." Os
membros do Tribunal do Júri podem se manifestar sobre o processo após a leitura da sentença.
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