São Paulo, domingo, 06 de maio de 2007

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Engenheiro do Metrô prefere o trabalho noturno

DA REVISTA DA FOLHA

Não há ninguém na estação, os trens pararam e os quilômetros de túneis estão livres. Têm curvas suaves, parafusos enfileirados nos trilhos, uma composição de diferentes tipos de luzes, a branca, a de vapor de sódio. "Não é bonito?", pergunta Frederico. Antes da resposta, o engenheiro civil do Metrô de SP sorri e encerra. "É lindo".
As noites sem dormir sempre foram coisa boa-e intensamente produtivas -para Carlos Frederico Guedes Pereira, 37. Quando pôde, ele escolheu um trabalho noturno, nas inspeções de trilhos do metrô de São Paulo, com turnos das 22h até as 6h. Estudava das 7h30 às 13h30, chegava em casa às 15h e até as 21h dormia e preparava trabalhos acadêmicos.
O casamento, a filha de um ano e o bebê a caminho vão bem. Ele e a mulher, a programadora Kaori, se conhecem desde crianças; os laços são tão fortes que os horários distintos não atrapalham, diz. "Coisas que para a maioria são um inferno, como cuidar do carro, pagar contas, faço de dia. Quando ela chega, no início da noite, o tempo é só pra nós dois."


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