São Paulo, domingo, 06 de maio de 2007

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Plantão Médico

Estudo analisa infarto durante ato sexual

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

A discreta palpitação que surge no ato sexual pode assustar a quem já teve infarto, mas a possibilidade de novo infarto durante ou logo após uma relação sexual é de apenas 0,9%.
Este risco é igual para quem apresenta, ou não, antecedentes de problemas nas artérias coronárias.
Segundo estudos realizados com parceiros estáveis e casados, atividade física realizada com freqüência reduz mais ainda o risco de infarto durante ou depois do ato sexual, explicou na semana passada, durante uma das sessões do 28º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, o professor Otávio Rizzi Coelho, chefe da disciplina de cardiologia e do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Unicamp.
O professor disse também que, nos portadores de doença arterial coronária, o esforço físico durante uma atividade sexual é semelhante ao de subir dois lances de uma escada, acrescentando que eventuais problemas podem ser detectados através do teste ergométrico (exame eletrocardiográfico de esforço).
Os estudos mostram que as pessoas que têm isquemia durante o ato sexual também apresentam isquemia no teste ergométrico; e os que não têm isquemia durante o teste de esforço também não apresentam isquemia durante a atividade sexual.
O consumo de energia ao caminhar em uma esteira com velocidade de 3 milhas (ou 4,83 km) por hora é de 3 mets (met é o equivalente metabólico de consumo de oxigênio), praticamente igual ao das preliminares do ato sexual (2 a 3 mets), e um pouco mais durante o orgasmo (3 a 4 mets).
Quanto à relação entre morte súbita e atividade sexual, pesquisa realizada com base em 5.559 óbitos mostra que apenas 34 mortes (0,6%) estavam relacionadas à atividade sexual. Dos 34 mortos, 28 eram homens, 25 morreram em hotéis e, a maioria, durante relacionamento extraconjugal.

julio@uol.com.br


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