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Maior parte dos casos da doença está associada a um quadro de obesidade
DA REPORTAGEM LOCAL
O tratamento para diabetes é
feito à base de disciplina e restrições, daí a dificuldade em
manter o controle da doença.
Segundo a professora titular
de endocrinologia da Unifesp
Maria Teresa Zanella, pesquisas apontam que apenas 25%
dos diabéticos se cuidam de
forma adequada no mundo. No
Brasil, não existem estatísticas
disponíveis, diz ela. "Mas sabemos que o percentual de pessoas que não se tratam corretamente é muito grande."
A maior parte dos diabéticos
(90%) são de tipo 2, ou seja, desenvolveram a doença a partir
de um quadro de obesidade. Aí
reside um problema duplo, já
que a "obesidade em si já é
complicada para tratar", afirma
a professora. "E o problema do
diabetes tipo 2 só será resolvido
quando for dada uma solução
ao problema da obesidade."
De acordo com estudo do Ministério da Saúde divulgado em
março, 43% dos brasileiros de
todas as capitais apresentam
sobrepeso, sendo 11% obesos.
Nos Estados Unidos, segundo Maria Teresa, os casos de
diabetes tipo 2 começam a aparecer de forma cada vez mais
precoce, justamente porque
acompanham a obesidade em
jovens e crianças.
Outro problema apontado
pela professora é o número reduzido de especialistas. No
Brasil, são 2.130 especialistas
para 11 milhões de diabéticos.
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