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Para chefe da Polícia Civil, Estado "vive guerra que não vai acabar"
DA SUCURSAL DO RIO
O chefe da Polícia Civil do Rio
de Janeiro, Álvaro Lins, afirmou
ontem que o Estado "vive uma
guerra que não vai acabar", enquanto as Forças Armadas "estão
preparadas para uma guerra que
nunca vai acontecer".
A declaração do delegado ocorreu durante o discurso de reinauguração da Delegacia de Meio
Ambiente, em São Cristóvão (zona norte do Rio).
"Nós precisamos de ajuda",
completou.
O delegado disse ser a favor do
uso das Forças Armadas no combate à criminalidade nas questões
de inteligência e em investigações
relacionadas ao tráfico de drogas
e de armas no Estado, mas não no
policiamento de ruas, como aconteceu no último Carnaval.
"A sociedade tem que entender
que segurança pública não é um
problema só da polícia", afirmou.
Questionado sobre a violência
no Rio, depois da cerimônia, o
chefe da Polícia Civil foi menos
incisivo e chegou a dizer que a criminalidade têm diminuído nos
últimos meses.
"Quis dizer que a guerra não
tem previsão para acabar, mas
que estamos lutando contra ela."
Questionado sobre a afirmação
do superintendente da PF (Polícia
Federal) no Rio, Roberto Precioso
Júnior, anteontem em Brasília, de
que a violência no Rio é "ascendente", Lins disse que a Secretaria
de Segurança Pública do Estado
do Rio tem conseguido baixar os
índices de criminalidade nos últimos dois meses.
Sobre o fato de a diminuição,
mostrada pelas estatísticas, ser
pequena, o delegado fez uma
comparação com uma partida de
vôlei. "Quando o Brasil está perdendo, cada ponto é comemorado. É assim que temos que agir,
temos que comemorar cada item
diminuído, cada pessoa que deixou de ter uma arma apontada
para sua cabeça."
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