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São Paulo, sexta-feira, 06 de junho de 2003

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Para chefe da Polícia Civil, Estado "vive guerra que não vai acabar"

DA SUCURSAL DO RIO

O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Álvaro Lins, afirmou ontem que o Estado "vive uma guerra que não vai acabar", enquanto as Forças Armadas "estão preparadas para uma guerra que nunca vai acontecer".
A declaração do delegado ocorreu durante o discurso de reinauguração da Delegacia de Meio Ambiente, em São Cristóvão (zona norte do Rio).
"Nós precisamos de ajuda", completou.
O delegado disse ser a favor do uso das Forças Armadas no combate à criminalidade nas questões de inteligência e em investigações relacionadas ao tráfico de drogas e de armas no Estado, mas não no policiamento de ruas, como aconteceu no último Carnaval.
"A sociedade tem que entender que segurança pública não é um problema só da polícia", afirmou.
Questionado sobre a violência no Rio, depois da cerimônia, o chefe da Polícia Civil foi menos incisivo e chegou a dizer que a criminalidade têm diminuído nos últimos meses.
"Quis dizer que a guerra não tem previsão para acabar, mas que estamos lutando contra ela."
Questionado sobre a afirmação do superintendente da PF (Polícia Federal) no Rio, Roberto Precioso Júnior, anteontem em Brasília, de que a violência no Rio é "ascendente", Lins disse que a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio tem conseguido baixar os índices de criminalidade nos últimos dois meses.
Sobre o fato de a diminuição, mostrada pelas estatísticas, ser pequena, o delegado fez uma comparação com uma partida de vôlei. "Quando o Brasil está perdendo, cada ponto é comemorado. É assim que temos que agir, temos que comemorar cada item diminuído, cada pessoa que deixou de ter uma arma apontada para sua cabeça."


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