São Paulo, quarta-feira, 06 de junho de 2007

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Presidente da Embraer nega falha no Legacy

Em depoimento na Câmara, ele disse que considera difícil que o sistema anticolisão tenha sido desligado de forma não-intencional

Segundo Frederico Curado, executivos da empresa a bordo do jato no momento da colisão não ajudaram os pilotos na navegação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Embraer, Frederico Curado, negou ontem na CPI do Apagão Aéreo da Câmara que o jato Legacy que se chocou em setembro com o Boeing da Gol tivesse qualquer falha de equipamento -referência ao transponder, que ficou inoperante e impediu o contato por radar com o controle aéreo e o acionamento do sistema anticolisão. No acidente, morreram 154 pessoas.
Segundo ele, a Embraer está sendo processada nos EUA por supostos problemas de fabricação do avião, o que considera normal, pois ela é "um dos possíveis envolvidos" no acidente.
Curado negou que os executivos da Embraer que estavam a bordo do Legacy no momento da colisão tenham "ajudado" os pilotos na navegação, conforme indicam as transcrições da caixa-preta lidas pelos deputados.
"O comandante e o co-piloto são os únicos responsáveis pela navegação. Não há possibilidade de associar funcionários da Embraer à navegação pelas falas nas transcrições", disse.
Ele afirmou que considera muito difícil que o transponder possa ter sido desligado não-intencionalmente. E disse que os pilotos não teriam decolado sem ter confirmado o entendimento do plano de vôo -que previa mudança de nível que não foi realizada.

Protesto
Ainda ontem, 20 mulheres de controladores aéreos fizeram um protesto a favor da desmilitarização do setor, que já foi descartada pela Aeronáutica com aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A CPI homônima no Senado faz a leitura hoje de seu relatório parcial, fechando as investigações sobre o acidente e o caos nos aeroportos. (LEILA SUWWAN)


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