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Rio implode fábrica para ampliar o sambódromo
Nova obra segue projeto original de Niemeyer
ELVIRA LOBATO
DO RIO
Levou 20 segundos a implosão da antiga fábrica da
Brahma, ontem de manhã no
centro do Rio. A demolição
vai permitir a ampliação do
sambódromo. No local, serão
construídos novos camarotes e arquibancadas. A capacidade de público passará de
60 mil para 77.688 pessoas.
A ampliação seguirá o projeto original de Oscar Niemeyer, que previa um equilíbrio
arquitetônico entre os dois
lados da rua Marquês de Sapucaí, por onde desfilam as
escolas. Atualmente, naquele trecho, só há arquibancadas em um lado da pista.
As obras visam ainda cumprir compromissos para os
Jogos Olímpicos de 2016. O
sambódromo será o local das
provas de tiro com arco e de
chegada da maratona.
A implosão aconteceu às
8h e exigiu um forte esquema
de segurança. Uma hora antes, todos os moradores, no
raio de 150 metros da antiga
fábrica, foram retirados das
casas. Várias vias foram fechadas ao trânsito e a linha 1
do metrô ficou interrompida
por 20 minutos.
Três novos módulos de arquibancadas, camarotes, frisas e área para jurados serão
construídos no local da antiga fábrica da Brahma, no setor 2. A empresa vai arcar
com os custos da construção,
estimados em R$ 30 milhões.
Em troca, terá permissão
para construir no restante do
terreno da fábrica um prédio
de até 26 andares e 80 metros
de altura.
A fábrica da Brahma, ao lado do sambódromo, foi inaugurada no ano de 1888 e ainda funcionava quando a passarela do samba foi construída, em 1983.
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