São Paulo, Domingo, 06 de Junho de 1999
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Direito à vida serve de argumento pró e contra a proibição de armas

Marlene Bergamo/Folha Imagem
Menor posa, sem se identificar, com arma adquirida ilegalmente no mercado paralelo da Grande SP


da Reportagem Local

O projeto que o governo federal enviou ao Congresso na terça-feira proibindo a venda e a posse de armas de fogo criou um debate curioso, em que os dois lados usam o mesmo argumento para defender sua posição: o direito à vida.
Quem é contra a nova lei diz que os bandidos vão levar vantagem e que os "cidadãos de bem" vão ficar ainda mais desprotegidos. Dizem também que todos têm direito a defender sua vida, mesmo que tenham que usar uma arma para isso.
Do outro lado, há projeções que os homicídios cairiam e pesquisas que mostram que uma pessoa que possui uma arma tem mais chances de acabar baleada.
Se aprovada a proposta, só serão legais as armas das Forças Armadas, de órgãos estaduais e federais de segurança e de empresas de segurança privada, além das de juízes e promotores.
Praticantes de tiro -esporte que deu a primeira medalha olímpica ao Brasil- e caçadores passariam a ser criminosos se mantivessem seus armamentos.
Elaborado pelo Ministério da Justiça, o projeto está em regime de urgência para ser votado pelos deputados.


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