São Paulo, Domingo, 06 de Junho de 1999
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Para empresas, fiscalização é aleatória

da Reportagem Local

O aumento do número de multas é resultado de uma fiscalização aleatória, feita às pressas e sem critérios técnicos ou estatísticos.
Essa é a opinião das empresas responsáveis pela limpeza pública da cidade de São Paulo.
"Duvido que os fiscais estejam indo às ruas com o plano de trabalho em mãos e que estejam ficando a manhã inteira na mesma rua", disse Tadayuki Yoshimura, diretor da Abrelpe (Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública) e diretor da Vega Ambiental.
Para Yoshimura, as empresas são pagas para varrer, não para manter a cidade limpa, "porque isso é impossível". A opinião é oposta à do secretário das Administrações Regionais, Domingos Dissei, segundo o qual o conceito de limpeza inclui manutenção.
Dissei calcula que, se a prefeitura fechar o cerco da fiscalização, diminuirá em 30% os gastos com coleta e varrição -R$ 135 milhões anuais. Isso inclui, cortar os gastos com varrição não executada e impedir a coleta de mais de 100 litros de lixo por estabelecimento.
Até terça, segundo Dissei, ele terá o mapa dos geradores. Com o controle, quer reduzir em 25% a quantidade de lixo domiciliar -uma economia anual de R$ 53 milhões.
Além de evitar gastos irregulares, ele quer devolver aos cofres o dinheiro que era desviado pela máfia. Estão nesse bolo as multas do lixo e a verba arrecadada com a liberação de placas publicitárias, por exemplo. (SC)



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