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Para empresas, fiscalização é aleatória
da Reportagem Local
O aumento do número de multas
é resultado de uma fiscalização
aleatória, feita às pressas e sem critérios técnicos ou estatísticos.
Essa é a opinião das empresas
responsáveis pela limpeza pública
da cidade de São Paulo.
"Duvido que os fiscais estejam
indo às ruas com o plano de trabalho em mãos e que estejam ficando
a manhã inteira na mesma rua",
disse Tadayuki Yoshimura, diretor
da Abrelpe (Associação Brasileira
das Empresas de Limpeza Pública)
e diretor da Vega Ambiental.
Para Yoshimura, as empresas
são pagas para varrer, não para
manter a cidade limpa, "porque isso é impossível". A opinião é oposta à do secretário das Administrações Regionais, Domingos Dissei,
segundo o qual o conceito de limpeza inclui manutenção.
Dissei calcula que, se a prefeitura
fechar o cerco da fiscalização, diminuirá em 30% os gastos com coleta e varrição -R$ 135 milhões
anuais. Isso inclui, cortar os gastos
com varrição não executada e impedir a coleta de mais de 100 litros
de lixo por estabelecimento.
Até terça, segundo Dissei, ele terá
o mapa dos geradores. Com o controle, quer reduzir em 25% a quantidade de lixo domiciliar -uma
economia anual de R$ 53 milhões.
Além de evitar gastos irregulares,
ele quer devolver aos cofres o dinheiro que era desviado pela máfia. Estão nesse bolo as multas do
lixo e a verba arrecadada com a liberação de placas publicitárias,
por exemplo.
(SC)
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