São Paulo, Domingo, 06 de Junho de 1999
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Gasto pode cair 30%, diz Dissei

da Reportagem Local

A prefeitura calcula que, se fechar o cerco da fiscalização, diminuirá em 30% o gasto com coleta e varrição -R$ 135 milhões anuais.
A informação foi dada à Folha pelo secretário das Administrações Regionais, Domingos Dissei.
Isso inclui, sobretudo, cortar os gastos com varrição não executada e impedir a coleta de mais de 100 litros de lixo por estabelecimento -proibida em contrato, mas não fiscalizada.
Quando coletam, as empresas aumentam seu lucro, já que ganham por peso.
Até terça, segundo Dissei, ele terá o mapa dos geradores. Com o controle, espera reduzir em 25% a quantidade de lixo domiciliar -o que já significa uma economia anual de R$ 53 milhões.
Além de evitar gastos irregulares, ele quer devolver aos cofres o dinheiro que era desviado pela máfia.
Estão nesse bolo as multas do lixo e a verba arrecadada com a liberação de placas publicitárias, por exemplo.
Até fevereiro, as placas rendiam à prefeitura só R$ 20 mil mensais. Hoje, rendem R$ 1,2 milhão.
Para intensificar a fiscalização, Dissei padronizou as planilhas de verificação de serviços; criou uma equipe de 16 engenheiros que orientam as regionais e respondem diretamente a ele; determinou que a fiscalização seja feita em grupos de três funcionários, "porque é mais fácil corromper um do que três"; e, finalmente, exigiu que todo procedimento seja publicado no "Diário Oficial" -o que inclui rotas de varrição e coleta, autuações, concessão de habite-se, autorização para exposição de placas etc.
"Se você pagou por algo que não foi publicado, houve alguma irregularidade", alerta. (SC)



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