São Paulo, sábado, 06 de julho de 2002

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"Não dava para enxergar nada", diz motorista

DA AGÊNCIA FOLHA

O policial rodoviário Carlos Henrique Carvalho, 43, passava na rodovia Castello Branco no momento do acidente e foi o primeiro a prestar socorro às vítimas que estavam na estrada, além de chamar o resgate.
"Eu estava indo a São Paulo trabalhar quando o ônibus parou e eu vi um caminhão atravessado em L na pista e muita fumaça", disse.
A primeira reação de Carvalho foi pegar o telefone de um caminhoneiro e ligar para o Corpo de Bombeiros.
O que mais chocou Carvalho foi o estado de Daiane Godoy Nicolina, 11, que estava em uma ambulância indo para o Incor (Instituto do Coração) fazer uma cirurgia. Segundo o policial, ele chegou a fazer massagem cardíaca na menina, que foi levada para o Hospital Regional de Sorocaba. No momento em que a reportagem falava com Carvalho, ainda não havia a informação de que Daiane tinha morrido.
O Corpo de Bombeiros teria levado dez minutos para chegar no local.
O caminhoneiro José dos Santos, 43, disse que, enquanto um amigo o avisava pelo rádio do acidente, ele foi atingido na traseira por um outro caminhão. "Com o impacto, bati no carro que estava na minha frente. Não dava para enxergar nada."
Nelson Pereira, 56, aguardava notícias do amigo Sérgio Garcia, internado no hospital de Sorocaba.
Pereira estava no banco do carona e Garcia dirigia. "Eu só me salvei porque estava com cinto de segurança", disse. Garcia quebrou uma perna e abriu o queixo.
Outro que aguardava notícias no hospital era Alexandre Perpétuo, 27. Ele perdeu o pai, Paulo Sérgio Perpétuo, 59, no acidente. Sua mãe, uma tia e um primo também estavam no carro, mas ficaram feridos sem gravidade. "Eles estavam indo a São Paulo tirar passaporte para ir aos EUA. Eu também ia, mas desisti na última hora."



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