São Paulo, quinta-feira, 06 de julho de 2006

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SOB SUSPEITA

Polícia cobra de suposta vítima valor de resgate

DA AGÊNCIA FOLHA

A Polícia Civil de Santa Catarina quer reaver o dinheiro investido para localizar um empresário que teria simulado o próprio seqüestro.
Em depoimento, Jorge Luiz Pruner, 47, disse ter sido surpreendido por oito homens armados em sua imobiliária, no centro de Brusque (a 105 km de Florianópolis), em março. Ele foi achado sozinho, perto de um matagal onde seu carro pegava fogo.
"É muito estranho não o termos localizado em um cativeiro. Além disso, nenhum seqüestrador retira os documentos da vítima antes de colocar fogo no carro", disse Ilson da Silva, chefe da Polícia Civil de Santa Catarina. Nenhum suspeito foi identificado.
Durante a investigação do caso, as polícias Civil e Militar mobilizaram equipes de pelo menos duas cidades e usaram dois helicópteros para procurar Pruner. Segundo Silva, a diária de um delegado é de R$ 156 e a de um policial, R$ 100. As despesas totais devem ser contabilizadas pelo Ministério Público.
Segundo o delegado de Brusque Alonso Torres, o empresário tinha dois seguros de vida e um de carro. "Os seguros dele cobrem, inclusive, acidentes. Um pedaço do dedo mínimo da mão esquerda de Pruner foi cortado."
"Se for constatada a simulação, Pruner responderá pelo crime de estelionato", afirmou o promotor Márcio de Gouvêa.
O sócio do advogado de Pruner, Osmar Peron Júnior, disse que o empresário nega a simulação. "Só vamos saber como proceder quando a intimação [em eventual ação contra Pruner] for entregue."


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