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SOB SUSPEITA
Polícia cobra de suposta vítima valor de resgate
DA AGÊNCIA FOLHA
A Polícia Civil de Santa
Catarina quer reaver o dinheiro investido para localizar um empresário que
teria simulado o próprio
seqüestro.
Em depoimento, Jorge
Luiz Pruner, 47, disse ter
sido surpreendido por oito
homens armados em sua
imobiliária, no centro de
Brusque (a 105 km de Florianópolis), em março. Ele
foi achado sozinho, perto
de um matagal onde seu
carro pegava fogo.
"É muito estranho não o
termos localizado em um
cativeiro. Além disso, nenhum seqüestrador retira
os documentos da vítima
antes de colocar fogo no
carro", disse Ilson da Silva,
chefe da Polícia Civil de
Santa Catarina. Nenhum
suspeito foi identificado.
Durante a investigação
do caso, as polícias Civil e
Militar mobilizaram equipes de pelo menos duas cidades e usaram dois helicópteros para procurar
Pruner. Segundo Silva, a
diária de um delegado é de
R$ 156 e a de um policial,
R$ 100. As despesas totais
devem ser contabilizadas
pelo Ministério Público.
Segundo o delegado de
Brusque Alonso Torres, o
empresário tinha dois seguros de vida e um de carro. "Os seguros dele cobrem, inclusive, acidentes.
Um pedaço do dedo mínimo da mão esquerda de
Pruner foi cortado."
"Se for constatada a simulação, Pruner responderá pelo crime de estelionato", afirmou o promotor
Márcio de Gouvêa.
O sócio do advogado de
Pruner, Osmar Peron Júnior, disse que o empresário nega a simulação. "Só
vamos saber como proceder quando a intimação
[em eventual ação contra
Pruner] for entregue."
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