São Paulo, domingo, 06 de julho de 2008

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Vítima de AVC confundiu doença com hipertensão

DA REPORTAGEM LOCAL

Três semanas atrás, num final de tarde em Ribeirão Preto (SP), o funileiro César Marcos Codognotto, 41, começou repentinamente a sentir-se mal. Ele chegava em casa do trabalho.
"Começou um formigamento no lado direito do corpo. Apareceu no dedão, subiu pelo joelho e chegou até a mão. Eu não conseguia me locomover direito. Falei para a minha mulher: "Vamos correndo para o hospital". Tiveram de me ajudar a sair do carro. Eu já estava travado", ele lembra.
Aqueles eram os primeiros sintomas de um AVC (acidente vascular cerebral), mas Codognotto nem sequer imaginava. Primeiro pensou que fosse pressão alta. Depois, ataque do coração.
No hospital, os médicos logo suspeitaram de AVC. Uma tomografia revelou que um coágulo na cabeça impedia que o sangue alimentasse uma parte do cérebro.
"Quando me explicaram o que era, eu falei: "Meu Deus do céu!" Nem conhecia essa sigla. Eu escuto a palavra derrame, mas não sabia bem o que era. Fiquei assustado."
Como o funileiro foi levado imediatamente para o hospital, estava em condições para receber uma droga que dissolve o coágulo e restabelece a circulação do sangue no cérebro. Se tivesse levado mais tempo, ele poderia estar hoje com graves seqüelas. Dependendo da parte afetada do cérebro, a vítima do AVC pode ter a fala, a locomoção, a visão e até a respiração comprometidas.
Codognotto perdeu um pouco da força nos braços. Para recuperá-la, faz hoje sessões de fisioterapia. "Eu poderia ter ficado paralítico numa cama, torto. Ainda bem que corri para o hospital, não esperei para ver."
Quem já sofreu um AVC tem mais chances de ter um segundo. Por isso, o funileiro agora está mais empenhado em parar de fumar, cortou a cerveja e o churrasco e não passa nenhum dia sem fazer uma caminhada. "Já estou de sobreaviso." (RW)


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