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Néfi Tales foi cassado no ano passado
da Reportagem Local
Jovino Cândido assumiu o comando da cidade de Guarulhos, a
segunda maior do Estado, no dia
16 de setembro do ano passado.
Cândido substituiu o prefeito
Néfi Tales (PDT), que foi afastado
do cargo por determinação da
Justiça.
Néfi Tales foi tirado do cargo
pelo juiz da 1ª Vara Cível de Guarulhos, João Batista de Mello Paula Lima, por improbidade administrativa e suposto enriquecimento ilícito.
A decisão atendeu ação civil pública movida pela promotoria de
Justiça. Após um ano de investigações, a promotoria concluiu
que o prefeito teve aumento de
patrimônio incompatível com
seus ganhos.
Desde que assumiu o cargo em
janeiro de 1997, Tales comprou
três fazendas, um terreno de mil
metros quadrados, um sítio e um
apartamento, aumentando seu
patrimônio em R$ 5,12 milhões.
Tales, entretanto, recorreu da decisão no Tribunal de Justiça, onde
recebeu um voto favorável.
Como os dois outros votos ainda eram desconhecidos, os vereadores, segundo o relato do prefeito, teriam começado a pressionar
Jovino Cândido.
Os parlamentares prometiam
que, se o novo prefeito atendesse
suas exigências, Tales seria cassado pela Câmara Municipal.
Geraldo Celestino, por exemplo, teria solicitado entre R$ 70
mil e R$ 100 mil para dar andamento aos trabalhos da comissão
que investigava o enriquecimento
ilícito, presidida por ele.
Por causa das pressões, o prefeito diz que decidiu procurar o deputado Elói Pietá por intermédio
do presidente da Associação Comercial Luís Roberto Mesquita.
Os encontros foram realizados
na casa de Mesquita, que achou
por bem filmar as conversar sem
avisar o prefeito e o deputado.
"Tomei a preocupação de gravar. Estávamos tratando com um
grupo muito pesado", afirmou o
presidente da associação.
Néfi Tales acabou cassado por
16 votos a 5 no dia 23 de dezembro do ano passado.
Pietá diz achar que o atual prefeito não pagou para conseguir o
impeachment.
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