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São Paulo, quarta-feira, 06 de agosto de 2003

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TRÂNSITO

Instalação de equipamentos, que foram retirados das vias em novembro de 2002, começará hoje, com oito aparelhos fotográficos

São Paulo volta a ter radares móveis nas ruas

DA REPORTAGEM LOCAL

A cidade de São Paulo terá a partir de hoje a volta de oito radares móveis de controle da velocidade -equipamentos que tinham sido retirados das ruas em novembro do ano passado.
A operação será iniciada pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) na pista local da marginal Tietê e nas avenidas Aricanduva, Morumbi e Padre Lebret.
Esses aparelhos fotográficos fazem parte de um lote de 40 que entrarão em operação antes do final de setembro. Até 2002, a capital tinha 20 radares móveis.
A cidade dispunha até ontem de 40 radares fixos e 98 lombadas eletrônicas para fiscalizar a velocidade dos motoristas. A principal diferença do radar móvel é a facilidade para ele mudar de endereço. Por enquanto, eles vão atuar só em pontos já estabelecidos. A partir de setembro, entretanto, os 40 aparelhos estarão sujeitos a um revezamento em 120 áreas.
Os radares móveis foram retirados das ruas devido ao vencimento do contrato com a prestadora do serviço -a Consladel, que completou 72 meses de operação, tempo máximo previsto na lei 8.666, que regula as licitações. Nos dois primeiros anos da administração Marta Suplicy (PT), a CET tentou fazer uma nova concorrência, que acabou suspensa em razão de contestações judiciais.
A nova licitação para a contratação dos equipamentos foi concluída há dois meses. O consórcio vencedor tem a participação da Consladel e receberá R$ 26,87 para cada multa paga pelos motoristas. A quantidade de multas estimada no edital era de 50 mil/mês.
A demora para a volta dos radares móveis também foi motivada por determinações do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) no final de 2002 -que impediam contratos por "produtividade" (remuneração proporcional ao número de multas) e que exigiam a presença de um fiscal municipal ao lado de cada equipamento. Essas regras foram derrubadas definitivamente no mês passado.
Maurício Régio, da assessoria de segurança no trânsito da CET, diz que o órgão identificou que a média de desobediência à sinalização na pista local da marginal Tietê ultrapassou 50% após a retirada dos radares móveis. A implantação de aparelhos de controle da velocidade, adotados com a justificativa de reduzir acidentes de trânsito, costuma reduzir os índices para 2% ou 3%.
Segundo ele, as vias onde os radares começarão a funcionar hoje já têm placas alertando sobre a fiscalização. O Contran já derrubou essa obrigatoriedade, mas a CET, por enquanto, não retirará as placas existentes nem instalará novas. (ALENCAR IZIDORO)


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