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TRÂNSITO
Instalação de equipamentos, que foram retirados das vias em novembro de 2002, começará hoje, com oito aparelhos fotográficos
São Paulo volta a ter radares móveis nas ruas
DA REPORTAGEM LOCAL
A cidade de São Paulo terá a
partir de hoje a volta de oito radares móveis de controle da velocidade -equipamentos que tinham sido retirados das ruas em
novembro do ano passado.
A operação será iniciada pela
CET (Companhia de Engenharia
de Tráfego) na pista local da marginal Tietê e nas avenidas Aricanduva, Morumbi e Padre Lebret.
Esses aparelhos fotográficos fazem parte de um lote de 40 que
entrarão em operação antes do final de setembro. Até 2002, a capital tinha 20 radares móveis.
A cidade dispunha até ontem de
40 radares fixos e 98 lombadas
eletrônicas para fiscalizar a velocidade dos motoristas. A principal
diferença do radar móvel é a facilidade para ele mudar de endereço. Por enquanto, eles vão atuar
só em pontos já estabelecidos. A
partir de setembro, entretanto, os
40 aparelhos estarão sujeitos a um
revezamento em 120 áreas.
Os radares móveis foram retirados das ruas devido ao vencimento do contrato com a prestadora
do serviço -a Consladel, que
completou 72 meses de operação,
tempo máximo previsto na lei
8.666, que regula as licitações. Nos
dois primeiros anos da administração Marta Suplicy (PT), a CET
tentou fazer uma nova concorrência, que acabou suspensa em
razão de contestações judiciais.
A nova licitação para a contratação dos equipamentos foi concluída há dois meses. O consórcio
vencedor tem a participação da
Consladel e receberá R$ 26,87 para cada multa paga pelos motoristas. A quantidade de multas estimada no edital era de 50 mil/mês.
A demora para a volta dos radares móveis também foi motivada
por determinações do Contran
(Conselho Nacional de Trânsito)
no final de 2002 -que impediam
contratos por "produtividade"
(remuneração proporcional ao
número de multas) e que exigiam
a presença de um fiscal municipal
ao lado de cada equipamento. Essas regras foram derrubadas definitivamente no mês passado.
Maurício Régio, da assessoria
de segurança no trânsito da CET,
diz que o órgão identificou que a
média de desobediência à sinalização na pista local da marginal
Tietê ultrapassou 50% após a retirada dos radares móveis. A implantação de aparelhos de controle da velocidade, adotados com a
justificativa de reduzir acidentes
de trânsito, costuma reduzir os
índices para 2% ou 3%.
Segundo ele, as vias onde os radares começarão a funcionar hoje
já têm placas alertando sobre a fiscalização. O Contran já derrubou
essa obrigatoriedade, mas a CET,
por enquanto, não retirará as placas existentes nem instalará novas. (ALENCAR IZIDORO)
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