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Ministro culpa gestões passadas por crise no setor
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro da Saúde, Humberto Costa, fez ontem à noite
um pronunciamento em horário nobre e em rede nacional
sobre os reajustes de até 85%
aplicados em planos de saúde
anteriores a 1999.
O discurso, segundo texto divulgado previamente pela assessoria do ministério, diz que
nada foi feito nas gestões anteriores para evitar a crise atual.
"É importante dizer que a
ação tramitou no Supremo
[Supremo Tribunal Federal]
desde 1999 sem que fosse tomada qualquer iniciativa para
resolver aquela que era uma
crise anunciada", diz o texto.
As operadoras realizaram os
aumentos com base em liminar
do STF de agosto do ano passado que suspendeu o controle
de aumentos pelo governo para planos anteriores a 1999. Segundo Costa, os reajustes atingiram 670 mil pessoas, 2% dos
38 milhões de brasileiros que
têm planos e seguros-saúde.
"O Ministério da Saúde e a
ANS [Agência Nacional de
Saúde Suplementar] consideraram esses aumentos ilegais
por não terem respaldo nos
contratos. O índice de reajuste
deve ficar em 11,75%."
Costa destacou que o governo federal entrou na Justiça e
obteve liminar que limitou a
11,75% os aumentos da Itaú,
SulAmérica e Bradesco Saúde.
A intenção de Costa é também influenciar decisões judiciais que podem ser tomadas
em breve. O governo contesta
na Justiça a suspensão do programa de adequação de planos
antigos e a liminar do STF.
Ontem a Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo propôs um reajuste de 28,5% para
os contratos antigos.
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