ALEXANDRE HISAYASU
DA REPORTAGEM LOCAL

Acusado pela polícia de comandar um esquema de exploração de prostituição infantil no centro de São Paulo, o artesão José Júnior Maximiano, 41, foi preso na noite de anteontem. Segundo as investigações, Maximiano era "dono" da esquina das ruas Bela Cintra e Fernando de Albuquerque, conhecido ponto de prostituição.
Ele, cuja ficha criminal tem mais de dez metros de comprimento, colocaria prostitutas no local, incluindo adolescentes com documento falso, e ganharia uma porcentagem sobre os programas, que custavam R$ 80 a hora.
Em 17 de julho, a Folha revelou, com base em um mapeamento feito pela polícia, que adolescentes se prostituíam na região central e na zona sul de São Paulo e eram exploradas por cafetões.
Maximiano também teria, segundo a polícia, pontos de prostituição na avenida Indianópolis.
A polícia chegou até o acusado após encontrar uma adolescente de 16 anos se prostituindo na região central, na noite de segunda-feira. Assim que entrou em um hotel com um cliente, investigadores do 4º DP (Consolação) prenderam o gerente e encontraram a garota em um dos quartos com um homem de 32 anos.
A garota admitiu que usava documento falso para enganar a polícia. Os policiais descobriram que ela estava hospedada em um hotel da rua Major Diogo (centro).
"O registro dela no hotel foi feito pelo acusado [Maximiano], que também forneceu a identidade falsa para a menina", disse o delegado Manoel Adamuz.
Por volta das 22h30 de quinta-feira, os policiais encontraram Maximiano na rua Bela Cintra.
No 4º DP, ele foi autuado em flagrante por uso de documento falso e indiciado por exploração de prostituição infantil. A polícia não informou o nome do advogado de Maximiano. Em depoimento à polícia, ele não deu declarações sobre as acusações de envolvimento com prostituição infantil.

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