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SÃO PAULO EM ALERTA
Sé e Santa Ifigênia são as regiões campeãs em furtos
Foram 2.149 casos no 1º Distrito Policial (Sé); na Santa Ifigênia (3º DP), 1.500 casos
Além do centro, a 2ª região
onde mais ocorre esse tipo
de crime é a zona oeste, com
14.776 casos, o equivalente
a 20% dos casos da cidade
Joel Silva/Folha Imagem
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Circulação no viaduto do Chá, no centro de SP; delegacia localizada na Sé teve maior número de furtos no 2º trimestre, 2.149
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um grande volume de
pessoas circulando no horário
comercial, o centro é a região
de São Paulo que concentra o
maior número de furtos na cidade. Segundo estatísticas do
governo, foram 16.801 casos no
primeiro semestre deste ano na
região, o que representa 22,8%
dos 73.650 furtos ocorridos em
todo município.
No centro, o maior número
de furtos acontece na área do 1º
Distrito Policial (Sé) - 2.149
casos no segundo trimestre do
ano. O segundo lugar no ranking do centro e da cidade fica
com a área sob jurisdição do 3º
Distrito Policial (Santa Ifigênia), com 1.500 casos no mesmo período.
A área das duas delegacias citadas corresponde aproximadamente aos bairros da Sé e da
República, por onde circulam
diariamente até 4,5 milhões de
pessoas, segundo a Subprefeitura da Sé. A maior parte delas
trabalha no centro ou passa por
lá, pois o número de moradores
é pouco superior a 70 mil.
A segunda região da cidade
onde mais acontece esse tipo de
crime é a zona oeste, com
14.776 casos (20% dos casos da
cidade), local onde predominam bairros de alto padrão.
Nessa região, Perdizes é o distrito mais problemático, com
1.335 casos no segundo trimestre (3º no ranking da cidade).
O levantamento do governo
mostra que esses crimes acontecem com menor freqüência
em áreas mais pobres, como a
da 8ª Delegacia Seccional Leste
(São Mateus), que teve 4.667
casos no semestre, ou seja, 6%
do total da cidade no semestre.
A cozinheira Sueleide Maria
da Conceição Santos, 26, que
mora em Itaquaquecetuba e vai
trabalhar no centro todos os
dias, já foi vítima de furto. "Estava na estação de trem do Brás
e apareceram várias pessoas.
Elas me prensaram e as minhas
coisas caíram; quando fui procurar, a bolsa já tinha sumido."
Para tentar diminuir esse tipo de crime, a Polícia Civil investiga quadrilhas de ladrões
que atuam no centro e organiza
operações contra comércio de
contrabando e pirataria, pois
áreas com alta concentração de
camelôs oferecem boas condições de atuação para batedores
de carteiras e ladrões.
Mas os crimes de furto também acontecem na área nobre
dos Jardins. O 78º Distrito Policial, responsável pela área, ficou em 8º lugar no ranking de
furtos da cidade.
O DP registrou no último trimestre deste ano 1.008 casos de
furto, 72 a mais que no segundo
trimestre de 2007.
Os dados obtidos pela Folha
não contabilizam os casos registrados pelas delegacias especializadas (a do metrô, por
exemplo), o que representaria
uma diferença de 2.294 casos.
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