São Paulo, quarta-feira, 06 de agosto de 2008

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SÃO PAULO EM ALERTA

Sé e Santa Ifigênia são as regiões campeãs em furtos

Foram 2.149 casos no 1º Distrito Policial (Sé); na Santa Ifigênia (3º DP), 1.500 casos

Além do centro, a 2ª região onde mais ocorre esse tipo de crime é a zona oeste, com 14.776 casos, o equivalente a 20% dos casos da cidade

Joel Silva/Folha Imagem
Circulação no viaduto do Chá, no centro de SP; delegacia localizada na Sé teve maior número de furtos no 2º trimestre, 2.149

DA REPORTAGEM LOCAL

Com um grande volume de pessoas circulando no horário comercial, o centro é a região de São Paulo que concentra o maior número de furtos na cidade. Segundo estatísticas do governo, foram 16.801 casos no primeiro semestre deste ano na região, o que representa 22,8% dos 73.650 furtos ocorridos em todo município.
No centro, o maior número de furtos acontece na área do 1º Distrito Policial (Sé) - 2.149 casos no segundo trimestre do ano. O segundo lugar no ranking do centro e da cidade fica com a área sob jurisdição do 3º Distrito Policial (Santa Ifigênia), com 1.500 casos no mesmo período.
A área das duas delegacias citadas corresponde aproximadamente aos bairros da Sé e da República, por onde circulam diariamente até 4,5 milhões de pessoas, segundo a Subprefeitura da Sé. A maior parte delas trabalha no centro ou passa por lá, pois o número de moradores é pouco superior a 70 mil.
A segunda região da cidade onde mais acontece esse tipo de crime é a zona oeste, com 14.776 casos (20% dos casos da cidade), local onde predominam bairros de alto padrão. Nessa região, Perdizes é o distrito mais problemático, com 1.335 casos no segundo trimestre (3º no ranking da cidade).
O levantamento do governo mostra que esses crimes acontecem com menor freqüência em áreas mais pobres, como a da 8ª Delegacia Seccional Leste (São Mateus), que teve 4.667 casos no semestre, ou seja, 6% do total da cidade no semestre.
A cozinheira Sueleide Maria da Conceição Santos, 26, que mora em Itaquaquecetuba e vai trabalhar no centro todos os dias, já foi vítima de furto. "Estava na estação de trem do Brás e apareceram várias pessoas. Elas me prensaram e as minhas coisas caíram; quando fui procurar, a bolsa já tinha sumido."
Para tentar diminuir esse tipo de crime, a Polícia Civil investiga quadrilhas de ladrões que atuam no centro e organiza operações contra comércio de contrabando e pirataria, pois áreas com alta concentração de camelôs oferecem boas condições de atuação para batedores de carteiras e ladrões.
Mas os crimes de furto também acontecem na área nobre dos Jardins. O 78º Distrito Policial, responsável pela área, ficou em 8º lugar no ranking de furtos da cidade.
O DP registrou no último trimestre deste ano 1.008 casos de furto, 72 a mais que no segundo trimestre de 2007.
Os dados obtidos pela Folha não contabilizam os casos registrados pelas delegacias especializadas (a do metrô, por exemplo), o que representaria uma diferença de 2.294 casos.


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