São Paulo, sábado, 06 de agosto de 2011

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Kassab quer centro de acolhida para viciado tirado à força da rua

Ideia é que pacientes sejam avaliados por médicos no local provisório

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

A Prefeitura de São Paulo vai criar centros de acolhida para abrigar provisoriamente viciados em drogas retirados à força das ruas.
A ideia é que os pacientes fiquem apenas algumas horas nesses centros. Lá, serão avaliados por médicos que definirão para onde eles devem ser encaminhados.
A medida faz parte do projeto da gestão Gilberto Kassab (PSD) de buscar uma fórmula jurídica para legalizar a retirada a força de viciados das ruas. Hoje, eles só podem ser encaminhados para atendimento se aceitarem.
O prefeito afirma que sempre haverá uma decisão médica para embasar a ação dos assistentes sociais e da Guarda Civil Metropolitana.
Ainda não estão definidos quantos nem onde serão esses centros de acolhida.
"A questão física é mais fácil. É mais uma hospedaria intermediária. Por questão de horas a pessoa vai ficar lá e depois será encaminhada. Não tem projeto ainda", disse Kassab ontem em visita ao Said (Serviço de Atenção Integral ao Dependente), no Sacomã (zona sul).
O Said já recebeu 400 pessoas desde que foi instalado, em março de 2010. É o primeiro local para onde são levados os viciados que aceitam sair das ruas. Apenas 7% abandonaram o tratamento.
Segundo o prefeito, a retirada a força das ruas só ocorrerá se a pessoa representar perigo para a integridade física dela própria ou de outros.
Ministério Público, Tribunal de Justiça e Defensoria Pública serão chamados pela prefeitura para discutir o assunto. Kassab afirmou que já aconteceram reuniões preliminares. Não há data para o início das operações.
O secretário municipal da Saúde, Januario Montone, disse que outra medida que está sendo estudada é a oferta de moradias provisórias para os viciados tratados no programa.


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