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MANÍACO DO PARQUE
"Só fico tranquila quando ele confessar tudo', diz mãe; pai de outra vítima diz que Francisco é "besta humana'
Entrevista deixa mãe de vítima revoltada
da Reportagem Local
Maria de Lourdes Queiroz, mãe
de Selma, uma das jovens encontradas mortas na mata do parque
do Estado, disse estar revoltada
com a entrevista que Francisco de
Assis Pereira, suspeito dos assassinatos, deu à TV ontem à tarde.
"Se colocassem esse cara na minha frente, não sei o que seria capaz de fazer. A conversa dele me
irritou. O que mais incomodou foi
a cara de cínico ao dizer que não
era culpado pelos crimes," disse.
Ela disse ainda ter ficado incomodada quando Pereira negou
que a carteira de identidade de Selma, encontrada no vaso sanitário
da firma onde ele trabalhava, fosse
uma prova de que ele tinha relação
com a morte da garota.
Pereira disse que ia muita gente
ao local onde trabalhava e que outra pessoa poderia ter jogado a
carteira no vaso sanitário.
"Se não foi ele, por que fugiu e
estava tão longe? Uma pessoa que
não deve não foge. Só vou me sentir mais tranquila quando ele confessar tudo", disse.
Serafim Francisco da Silva, 65,
pai de Elizângela, pediu que a Justiça seja eficiente e que prendam
Pereira, em entrevista à Folha, ontem à tarde, após o enterro de Elizângela em Londrina (PR).
Elizângela desapareceu em 9 de
maio e seu corpo foi encontrado
em 28 de julho no parque.
"Tem de ter Justiça eficiente e
que dê uma prensa nele. Que o coloquem junto com os presos
"bonzinhos', que gostam de estupradores", disse.
Segundo Isabel Assunção, 19,
prima de Elizângela, a família toda
ainda estava abalada e Maria Ferreira da Silva, mãe da jovem morta, descansava sob sedativos.
Ligia Crescêncio, 35, prima de
Raquel Mota Rodrigues, a primeira vítima encontrada morta no
parque do Estado, disse estar mais
tranquila com a prisão de Pereira.
Raquel veio para São Paulo em
1997 para trabalhar e ajudar os
pais que moram em Gravataí (RS).
Desde abril do ano passado, ela
morava na casa de Ligia. Raquel
desapareceu no dia 10 de janeiro e
seu corpo foi encontrado seis dias
mais tarde.
Ligia disse esperar que Pereira fique preso, e que, caso necessite de
tratamento mental, receba desde
que a população fique em segurança. "Não desejo violência com
ele. Já houve violência demais nesse caso", afirmou.
O vendedor Moisés Martins Filho, pai da professora de dança
Michele dos Santos Martins, 20,
que desapareceu no dia 11 de abril,
disse ontem que Francisco Pereira
é uma "besta humana".
"Mas eu não quero falar da prisão desse indivíduo enquanto não
tiver certeza que o corpo encontrado é o de minha filha", disse.
O IML ainda não finalizou laudo
que concluirá se o corpo achado
no parque em maio é o da professora.
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