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EDUCAÇÃO
O Fundescola, lançado pelo MEC e Banco Mundial, vai beneficiar Estados do Norte, Centro-Oeste e Nordeste
Programa vai investir US$ 1,3 bi no 1º grau
da Sucursal de Brasília
O Banco Mundial e o Ministério
da Educação lançaram ontem em
Brasília o Fundescola, programa
que prevê investimentos de US$
1,3 bilhão nos próximos seis anos
para melhorar o desempenho de
alunos do 1º grau dos Estados do
Norte, Centro-Oeste e Nordeste.
Para evitar que se repitam as
mesmas dificuldades enfrentadas
pelo Projeto Nordeste (acordo anterior do Bird com o MEC, que
acaba neste ano), os coordenadores do Fundescola elaboraram um
conjunto de estratégias que evitarão o desperdício dos recursos do
empréstimo.
A principal novidade é o repasse
de parte da verba diretamente para as escolas, fugindo da burocracia das secretarias estaduais e municipais e permitindo um controle
maior da aplicação dos recursos
por parte da população.
Outra mudança importante é a
criação de prêmios para estimular
os Estados que estiverem utilizando melhor o dinheiro liberado. O
prêmio é, na verdade, um remanejamento de verbas dos Estados que
não estão conseguindo gastar o
que havia sido programado para
aqueles que estão seguindo o cronograma à risca.
A idéia surgiu durante a execução do Projeto Nordeste para evitar que houvesse desperdício.
Como alguns Estados (sobretudo Rio Grande do Norte e Paraíba)
não estavam conseguindo usar toda a verba que havia sido programada, os coordenadores do projeto decidiram transferir o dinheiro
para os Estados mais eficientes,
evitando que parte do empréstimo
tivesse de ser devolvida ao Bird.
"Aprendemos a partir das dificuldades que encontramos pelo
caminho", afirmou Shahid Javed
Burki, vice-presidente do Banco
Mundial para a América Latina e
Caribe. Outra inovação fruto da
experiência anterior é a criação de
regras para assegurar que os governos estaduais tratem todos os
municípios de maneira igual.
"Esquecemos que há disputas
políticas que influem na boa administração da verba. Os Estados
não tratam os municípios de maneira igual e tivemos de criar mecanismos para evitar que esse tipo
de atitude prejudicasse o programa", afirmou Robin Horn, gerente de Projetos do Banco Mundial.
A primeira fase do Fundescola
-maior empréstimo já concedido
pelo Banco Mundial para a área de
educação- começa ainda neste
ano e vai beneficiar 80 municípios
das regiões Norte e Centro-Oeste
(todos localizados em regiões metropolitanas). Para essa fase a previsão é de investimentos de US$
125 milhões. A segunda fase começa em 1999 e inclui também os
municípios da zona rural do Norte
e Centro-Oeste e os Estados nordestinos.
(DANIELA FALCÃO)
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