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TRANSPORTES
Decisão foi tomada depois que o TST suspendeu, a pedido do Metrô, pagamento de benefício a 7.300 funcionários
Metroviários marcam greve para segunda
DA REPORTAGEM LOCAL
Os metroviários de São Paulo
decidiram ontem à noite, em assembléia, fazer greve por tempo
indeterminado a partir da 0h de
segunda-feira.
A decisão foi tomada após o
TST (Tribunal Superior do Trabalho) suspender, a pedido do Metrô, o pagamento de PLR (Participação nos Lucros e Resultados)
aos 7.300 funcionários.
Na semana passada, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) paulista determinou que a empresa
desse, no prazo de dez dias, uma
antecipação do benefício no valor
de R$ 540 mais 10% do salário de
cada trabalhador.
Na ocasião, os metroviários
cancelaram uma paralisação que
deixaria 2,4 milhões de pessoas
sem transporte. A categoria também queria 7,38% de reajuste salarial e 11,45% de produtividade.
O TRT negou esses pedidos.
O presidente do Sindicato dos
Metroviários, Onofre Gonçalves
de Jesus, disse que a greve só será
suspensa se o Metrô pagar a antecipação da PLR. "O prazo acaba
sexta-feira. Se o dinheiro for depositado, suspendemos automaticamente."
A assessoria de imprensa do
Metrô informou que as negociações para pagamento da PLR serão retomadas. Não soube dizer,
porém, se a empresa fará alguma
proposta até domingo.
A assembléia dos metroviários
também decidiu que serão feitas
manifestações hoje para alertar os
usuários. Uma delas está marcada
para as 18h, na Sé. Eles vão distribuir uma carta à população justificando os motivos da paralisação
de segunda-feira.
Jurisprudência
O efeito suspensivo pedido pelo
Metrô para não pagar a PLR foi
concedido pelo presidente do
TST, Almir Pazzianotto. Como
justificativa, ele disse que a decisão do TRT divergia da jurisprudência do TST, que considera imprópria a concessão de PLR por
meio de sentença judicial. "Unicamente empregados e empregadores dispõem de informações
que os habilitem a fixar o valor da
participação de cada um deles nos
lucros ou resultados", afirmou.
A decisão do TST tem caráter
provisório. Ela vigora até o julgamento do mérito do recurso apresentado pelo Metrô, o que pode
demorar mais de um ano.
(ALENCAR IZIDORO)
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