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MEDICAMENTOS
Igefarma reajustou preços de 19 produtos em setembro; no total, os aumentos já atingem 96 remédios
Quarto laboratório sai do congelamento
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O laboratório Igefarma, que não
aderiu formalmente ao acordo de
congelamento de preços de medicamentos, reajustou o preço de 19
remédios. Com isso, sobe para
quatro o número de laboratórios
que ficaram de fora do acordo.
Em agosto, Stiefel, Nova Química-Sigma e Merck Sharp reajustaram seus preços. Juntos, os quatro
laboratórios são responsáveis pela fabricação de 96 produtos.
Na avaliação da Seae (Secretaria
de Acompanhamento Econômico), os 1.102 medicamentos mais
vendidos não tiveram nenhum
reajuste em setembro. Esses remédios representam 90% do
mercado.
O secretário-adjunto de Acompanhamento Econômico, Sérgio
Portugal, disse que outros três laboratórios apresentaram preços
diferentes na lista de setembro na
comparação com agosto. Isso não
significa, no entanto, que houve
reajuste, diz ele.
No caso dos laboratórios IMA e
Pharmus, explica Portugal, houve
erro na publicação das revistas de
preços. Os valores dos produtos
do IMA vinham sendo publicados com erros desde junho.
Somente agora, esclarece o secretário, o laboratório teria descoberto o erro e ajustado os preços
para valores mais altos. Apesar do
engano na listagem, nas farmácias
os consumidores vinham comprando os medicamentos pelo
preço real que constará da listagem de setembro.
Já o laboratório Pharmus, que
comercializa apenas quatro medicamentos, teve seus preços publicados incorretamente nos meses
de julho e agosto. Assim, o valor
que aparece na lista de setembro
teve redução em relação a junho.
Portugal afirma que o laboratório Galderma reajustou os preços
de seus produtos. Mas, como não
são de efeito terapêutico (entre
eles há sabonetes e cremes), nem
deveriam constar da lista de preços máximos ao consumidor.
No balanço geral da Seae, dos
248 laboratórios existentes no
país, 163 assinaram o acordo de
congelamento de preços.
Outros 81 não se pronunciaram,
mas, como não reajustaram os
preços de seus produtos, estão entre as adesões informais.
O protocolo de intenção prevê o
congelamento dos preços até 31
de dezembro. Além disso, os valores retroagiram aos níveis de 1º de
junho antes de serem congelados.
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