São Paulo, terça-feira, 06 de setembro de 2011

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Exército abre inquérito sobre conflito no Alemão

Ministério Público também investiga se houve excesso na ação de militares

Para comandante da Força de Pacificação, confronto pode ter sido reação a apreensão de caminhões do tráfico

MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO

Exército e Ministério Público Federal abriram inquéritos sobre participação de militares no confronto com moradores, no domingo à tarde, no complexo do Alemão (zona norte do Rio). Ao menos 12 pessoas, sendo dois soldados da Força de Pacificação, ficaram feridos. O Exército quer saber se houve excessos dos militares na abordagem a um morador. Ele teria começado a xingá-los durante a transmissão de um jogo de futebol pela TV. A discussão cresceu e resultou no confronto entre 80 soldados e cerca de 20 moradores.
Elaine de Souza Morais, 17, voltava para casa com o filho, de três anos, quando ouviu gritos e tiros. "Quando vi, tinha sido atingida na boca por uma bala de borracha." Atingido no pescoço, o almoxarife Wilson Alves, 31, disse que os soldados ameaçaram levar até o quartel quem estivesse com marca da violência.
Para o comandante da Força de Pacificação, general Cesar Leme Justo, o conflito pode ter sido reação a uma operação, na semana passada, para reprimir a venda ilegal de botijões de gás na favela.
Foram apreendidos dois caminhões que seriam do traficante Marcinho VP, detido no presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS). "Eles esperaram uma oportunidade para reagir."
O general passou a manhã reunido com as procuradoras Gisele Porto e Aline Caixeta, que decidiram abrir inquérito.
Na madrugada de ontem, moradores e policiais militares da UPP Cidade de Deus (zona oeste) entraram em confronto após um baile funk. Na versão de moradores, duas pessoas brigavam quando os PMs chegaram. Um deles atirou para o alto e outro jogou uma bomba de efeito moral, ferindo um morador. Moradores reagiram atirando pedras.


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