São Paulo, terça-feira, 06 de setembro de 2011

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Regulação é fonte de confrontos em favelas com UPPs

DO RIO

Os episódios no Alemão e na Cidade de Deus foram versões mais violentas de um conflito sobre a regulação do cotidiano nas 17 comunidades com UPPs.
Em tese, cabe aos policiais negociar nas favelas, onde vigoravam as regras do tráfico, a implementação de leis e normas, como a lei do silêncio; autorização para festas públicas; e o fim da exploração ilegal de serviços como gás e luz. Na prática, a arbitrariedade da polícia e a resistência dos moradores resultam em confrontos. "Você tem choque cultural, autoritarismo de parte a parte, muitas dimensões que produzem o mal-estar", diz o sociólogo Michel Misse, da UFRJ.
Ricardo Henriques, da UPP Social, fala em "processo de aprendizado mútuo": moradores desconfiam da polícia e não veem vantagem em aderir às regras da cidade; PMs identificam funk com tráfico e toda aglomeração de jovens como riscos à ordem.
(CLAUDIA ANTUNES)


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