São Paulo, terça-feira, 06 de setembro de 2011

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Secura do ar é recorde em cinco capitais

Em São Paulo, marca foi de 12%; Curitiba, Belo Horizonte, Goiânia e Brasília também tiveram índices baixos

Ao todo, 236 cidades registraram índices abaixo dos 30% no país, o que é considerado estado de atenção

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

Os ares desérticos bateram recordes em vários Estados do país ontem à tarde. Em São Paulo, a marca atingiu os 12% à tarde, na estação automática do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), na zona norte. As capitais Curitiba, Belo Horizonte e Goiânia também registraram os menores índices de umidade relativa do ar de 2011. O mesmo ocorreu na cidade de Brasília (DF).
No mundo, ontem, cidades que literalmente ficam em áreas muito áridas registraram números semelhantes. É o caso de Calama, na região do Atacama, no Chile, com 12%. E Tamanrasset (Argélia), com 15%. Em Denver, Colorado, nos Estados Unidos, a secura bateu os 10%.
Abaixo de 12% de umidade relativa do ar, de acordo com estudos brasileiros feitos na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), as autoridades devem decretar o estado de emergência. Na prática, devem ser suspensas atividades ao ar livre, como coleta de lixo, ou aglomerações de pessoas em recintos fechados, como nas sessões de cinema.
De acordo com os técnicos da Somar Meteorologia, ontem pode ser considerado o dia mais seco do ano. Ao todo, 236 cidades registraram índices inferiores aos 30% no Brasil -contra 218, no dia 30 de agosto. É comum dias com baixa umidade no final do inverno.
A cada ano, também aumenta o número de medições, o que permite um melhor acompanhamento do tempo seco em todo o país.

POLUIÇÃO
Em 2010, a umidade relativa chegou a 6% no interior de Mato Grosso do Sul -recorde histórico para o Estado. Na cidade de São Paulo, o índice registrado ontem à tarde iguala a menor marca de 2010. No dia 27 de agosto, a cidade também teve 12%.
No caso da região metropolitana, a combinação de tempo seco e poluição deixa a situação pior do que a de um deserto, segundo especialistas ouvidos pela Folha.
Nos últimos dois dias, por causa da forte insolação, a qualidade do ar na região metropolitana de São Paulo oscilou entre má e inadequada, devido ao poluente ozônio.
Ontem, as regiões da USP (zona oeste) e de Itaquera (zona leste) entraram no boletim diário da Cetesb (agência ambiental paulista) como as duas áreas mais poluídas da capital, com o ar inadequado. Hoje, a chegada de uma frente fria deixará a atmosfera mais úmida.


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