São Paulo, terça-feira, 06 de setembro de 2011

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ANÁLISE

Crescimento se deve a maior visibilidade de instituições

SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO

A melhora de posição das duas maiores universidades brasileiras no ranking britânico QS deve-se principalmente a dois fatores. O primeiro, mais pessimista, é uma mudança na metodologia da própria listagem.
Na última edição, o QS passou a consultar mais cientistas latinos na pesquisa que levanta opiniões sobre as 700 universidades avaliadas -essa pesquisa ajuda a compor boa parte da nota que cada universidade recebe. Com isso, as brasileiras avançaram. O outro fator -esse, sim, digno de comemoração- é uma mudança internacional na percepção que se tem das universidades brasileiras. Como a ciência nacional está em um movimento de internacionalização, com políticas mais claras de atração de estudantes e professores de outros países, as universidades brasileiras acabam tendo mais visibilidade.
A própria presença de estudantes estrangeiros pelo campus conta pontos no QS e em boa parte dos demais rankings universitários. É fato que o Brasil tem se destacado em algumas áreas de ponta na ciência, o que projeta o nome das principais universidades brasileiras internacionalmente.
Com isso, é natural que a percepção que se tem da USP e da Unicamp tenha melhorado globalmente. Apenas 20% da nota de cada instituição avaliada no QS representa as citações que os artigos científicos produzidos na universidade receberam.
Esse, no entanto, é o principal indicador de impacto produção científica. Ou seja: avançar posições nas listagens não significa exatamente uma melhoria na qualidade das instituições.


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