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São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2003

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ADMINISTRAÇÃO

Enéas Rodrigues, da Secretaria da Educação, diz que qualificação dos funcionários justifica custo maior

Para prefeitura, CEU é espaço educacional

DA REPORTAGEM LOCAL

O chefe de gabinete da Secretaria Municipal da Educação, Enéas Rodrigues, disse que a prefeitura quer fazer de São Paulo "uma cidade educadora". Para isso, segundo ele, é preciso adotar o conceito de que "todos os espaços da cidade são educacionais".
É a partir desse princípio que ele justifica o custo de manutenção dos CEUs (Centros Educacionais Unificados). "Queremos romper o conceito que se tem de educação baseado simplesmente no tripé professor, aluno e giz", afirma. "E, para romper essa formulação, é preciso uma manutenção adequada", diz Rodrigues.
O chefe de gabinete afirma que os custos dos escolões são mais elevados porque "é necessário contratar pessoas especializadas para trabalhar esporte e arte, por exemplo".
De acordo com ele, "os CEUs desenvolvem cultura a semana inteira; é uma coisa organizada". Ele disse que "a piscina e o teatro são espaços pedagógicos; o CEU não é um parque, mas um centro educacional e, portanto, toda atividade dispõe de monitores".
Além disso, enquanto nas escolas comuns a limpeza e a segurança são feitas por funcionários públicos, nos CEUs esses serviços são terceirizados.
"O CEU tem um espaço físico de 13 mil metros quadrados e muitos equipamentos, como computadores e instrumentos de música, e não seria possível colocar apenas um vigia para tomar conta desse patrimônio; é preciso uma segurança diferenciada."
A secretaria afirma que cada CEU é utilizado não apenas pelos 2.400 alunos, mas por toda a comunidade. Rodrigues estima que cerca de 5.000 pessoas utilizarão a infra-estrutura dos CEUs, a maioria delas matriculadas em outras escolas municipais da região.

Prioridade
Rodrigues também contestou a opinião de opositores que afirmam que a Prefeitura de São Paulo priorizou os CEUs em detrimento de outras escolas.
"Isso não é verdade porque construímos 75 escolas nesta administração." Ele disse que algumas escolas que estavam orçadas e não foram construídas enfrentaram problemas como a falta de desapropriação do terreno, por exemplo.
"Em 2003, vamos gastar quase 34% da arrecadação com a educação; é o governo que mais investe no setor." Ele afirmou que o orçamento do próximo ano "é enxuto, mas contempla as necessidades da rede, dentro da realidade de São Paulo".


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