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ADMINISTRAÇÃO
Enéas Rodrigues, da Secretaria da Educação, diz que qualificação dos funcionários justifica custo maior
Para prefeitura, CEU é espaço educacional
DA REPORTAGEM LOCAL
O chefe de gabinete da Secretaria Municipal da Educação, Enéas
Rodrigues, disse que a prefeitura
quer fazer de São Paulo "uma cidade educadora". Para isso, segundo ele, é preciso adotar o conceito de que "todos os espaços da
cidade são educacionais".
É a partir desse princípio que ele
justifica o custo de manutenção
dos CEUs (Centros Educacionais
Unificados). "Queremos romper
o conceito que se tem de educação
baseado simplesmente no tripé
professor, aluno e giz", afirma. "E,
para romper essa formulação, é
preciso uma manutenção adequada", diz Rodrigues.
O chefe de gabinete afirma que
os custos dos escolões são mais
elevados porque "é necessário
contratar pessoas especializadas
para trabalhar esporte e arte, por
exemplo".
De acordo com ele, "os CEUs
desenvolvem cultura a semana inteira; é uma coisa organizada". Ele
disse que "a piscina e o teatro são
espaços pedagógicos; o CEU não
é um parque, mas um centro educacional e, portanto, toda atividade dispõe de monitores".
Além disso, enquanto nas escolas comuns a limpeza e a segurança são feitas por funcionários públicos, nos CEUs esses serviços
são terceirizados.
"O CEU tem um espaço físico de
13 mil metros quadrados e muitos
equipamentos, como computadores e instrumentos de música, e
não seria possível colocar apenas
um vigia para tomar conta desse
patrimônio; é preciso uma segurança diferenciada."
A secretaria afirma que cada
CEU é utilizado não apenas pelos
2.400 alunos, mas por toda a comunidade. Rodrigues estima que
cerca de 5.000 pessoas utilizarão a
infra-estrutura dos CEUs, a maioria delas matriculadas em outras
escolas municipais da região.
Prioridade
Rodrigues também contestou a
opinião de opositores que afirmam que a Prefeitura de São Paulo priorizou os CEUs em detrimento de outras escolas.
"Isso não é verdade porque
construímos 75 escolas nesta administração." Ele disse que algumas escolas que estavam orçadas
e não foram construídas enfrentaram problemas como a falta de
desapropriação do terreno, por
exemplo.
"Em 2003, vamos gastar quase
34% da arrecadação com a educação; é o governo que mais investe
no setor." Ele afirmou que o orçamento do próximo ano "é enxuto,
mas contempla as necessidades
da rede, dentro da realidade de
São Paulo".
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