São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2004

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FORA DO EIXO

Programa de física é o único do Nordeste entre os mais bem avaliados

UFPE tem pós com nota máxima

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Única universidade do Nordeste a ter um programa de pós-graduação incluído entre os mais bem avaliados do país, a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) mantém em seu departamento de Física 32 professores doutores desenvolvendo pesquisas e com dedicação exclusiva à instituição.
O curso, que recebeu da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) a nota máxima em uma escala de 1 a 7, tem atualmente 64 alunos, sendo 25% deles do exterior e 25% de outros Estados.
"Nosso diferencial é um conjunto de fatores, que vão da qualidade do corpo docente e a preocupação com a formação dos alunos à visibilidade internacional da instituição", disse a coordenadora do programa de pós-graduação em Física da UFPE, Sandra Sampaio Vianna.
Segundo ela, os 32 professores do departamento trabalham não apenas nos cursos de pós, mas também na graduação e licenciatura. As pesquisas desenvolvidas, disse, envolvem os alunos, que contam ainda com uma infra-estrutura que inclui oito laboratórios somente na área de ótica.
É nesse setor que trabalha o professor Cid Bartolomeu de Araújo, primeiro brasileiro a receber o prêmio Galileo Galilei, concedido pela Comissão Internacional de Ótica, com sede em Paris. Araújo utiliza o raio laser para pesquisar novos tipos de fibras óticas.
O departamento de Física da UFPE é dividido em três grandes áreas: física da matéria condensada, ótica e física teórica e computacional.
A excelência do curso, entretanto, não significa grande disponibilidade de verba. Além das bolsas de estudo, o governo federal enviou para o programa de pós R$ 64 mil neste ano. O dinheiro é aplicado basicamente em atividades burocráticas.
O desenvolvimento de pesquisas e a formação de pessoal são garantidos por convênios firmados com empresas privadas e estatais. Os contratos geram cerca de R$ 500 mil por ano à instituição, segundo o chefe do departamento de Física da universidade, Mário Engelsberg.


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