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FORA DO EIXO
Programa de física é o único do Nordeste entre os mais bem avaliados
UFPE tem pós com nota máxima
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
Única universidade do Nordeste a ter um programa de pós-graduação incluído entre os mais
bem avaliados do país, a UFPE
(Universidade Federal de Pernambuco) mantém em seu departamento de Física 32 professores doutores desenvolvendo pesquisas e com dedicação exclusiva
à instituição.
O curso, que recebeu da Capes
(Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) a nota máxima em uma escala de 1 a 7, tem atualmente 64
alunos, sendo 25% deles do exterior e 25% de outros Estados.
"Nosso diferencial é um conjunto de fatores, que vão da qualidade do corpo docente e a preocupação com a formação dos alunos à visibilidade internacional da
instituição", disse a coordenadora
do programa de pós-graduação
em Física da UFPE, Sandra Sampaio Vianna.
Segundo ela, os 32 professores
do departamento trabalham não
apenas nos cursos de pós, mas
também na graduação e licenciatura. As pesquisas desenvolvidas,
disse, envolvem os alunos, que
contam ainda com uma infra-estrutura que inclui oito laboratórios somente na área de ótica.
É nesse setor que trabalha o professor Cid Bartolomeu de Araújo,
primeiro brasileiro a receber o
prêmio Galileo Galilei, concedido
pela Comissão Internacional de
Ótica, com sede em Paris. Araújo
utiliza o raio laser para pesquisar
novos tipos de fibras óticas.
O departamento de Física da
UFPE é dividido em três grandes
áreas: física da matéria condensada, ótica e física teórica e computacional.
A excelência do curso, entretanto, não significa grande disponibilidade de verba. Além das bolsas de estudo, o governo federal
enviou para o programa de pós
R$ 64 mil neste ano. O dinheiro é
aplicado basicamente em atividades burocráticas.
O desenvolvimento de pesquisas e a formação de pessoal são
garantidos por convênios firmados com empresas privadas e estatais. Os contratos geram cerca
de R$ 500 mil por ano à instituição, segundo o chefe do departamento de Física da universidade,
Mário Engelsberg.
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