|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Para arquiteto, projeto deverá enfrentar longa disputa jurídica
DE SÃO PAULO
O maior problema do monotrilho no Morumbi é que o
governo decidiu implantá-lo
tarde, quando a área já estava ocupada, o que vai elevar
o custo da obra e desencadear uma disputa judicial.
A avaliação é do arquiteto
e urbanista Kazuo Nakano,
do Instituto Pólis, que se dedica a temas como planejamento urbano e demografia.
"Geralmente, para se fazer
uma obra dessas, já deveria
ter feito a previsão anos
atrás. Deveria ter planejado
essa linha antes e reservado
áreas para isso", afirma.
Segundo ele, os proprietários dos imóveis vão entrar
com ações na Justiça. "A briga jurídica deve se arrastar
por anos, atrasando bastante
as obras. É muito comum os
proprietários questionarem o
valor da indenização", diz.
Segundo ele, é difícil um
investimento em transporte
público não ser positivo. "A
demanda existe. Pessoas do
bairro poderão se beneficiar
do transporte coletivo, vai
valorizar os imóveis. Traz benefícios e impactos", diz.
Para ele, moradores de alta renda, que não usam
transporte público mesmo
sofrendo com congestionamentos, tendem a questionar
mais o projeto. "Mas para a
cidade é positivo, vai integrar
o Morumbi à cidade", diz.
"A resistência pode ser um
equívoco. Foram contra os
corredores de ônibus na Rebouças [zona oeste], dizendo
que ia degradar a avenida e
não aconteceu nada disso. O
projeto pode se integrar à
paisagem do bairro", afirma.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Obra é de interesse público, diz Metrô Índice | Comunicar Erros
|