São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2010

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Para arquiteto, projeto deverá enfrentar longa disputa jurídica

DE SÃO PAULO

O maior problema do monotrilho no Morumbi é que o governo decidiu implantá-lo tarde, quando a área já estava ocupada, o que vai elevar o custo da obra e desencadear uma disputa judicial.
A avaliação é do arquiteto e urbanista Kazuo Nakano, do Instituto Pólis, que se dedica a temas como planejamento urbano e demografia.
"Geralmente, para se fazer uma obra dessas, já deveria ter feito a previsão anos atrás. Deveria ter planejado essa linha antes e reservado áreas para isso", afirma.
Segundo ele, os proprietários dos imóveis vão entrar com ações na Justiça. "A briga jurídica deve se arrastar por anos, atrasando bastante as obras. É muito comum os proprietários questionarem o valor da indenização", diz.
Segundo ele, é difícil um investimento em transporte público não ser positivo. "A demanda existe. Pessoas do bairro poderão se beneficiar do transporte coletivo, vai valorizar os imóveis. Traz benefícios e impactos", diz.
Para ele, moradores de alta renda, que não usam transporte público mesmo sofrendo com congestionamentos, tendem a questionar mais o projeto. "Mas para a cidade é positivo, vai integrar o Morumbi à cidade", diz.
"A resistência pode ser um equívoco. Foram contra os corredores de ônibus na Rebouças [zona oeste], dizendo que ia degradar a avenida e não aconteceu nada disso. O projeto pode se integrar à paisagem do bairro", afirma.


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