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ELEIÇÕES
Advogados elegem no dia 16 diretoria da OAB-SP; 40% podem não votar
Chapas disputam controle de orçamento de R$ 69 mi
EUNICE NUNES
ESPECIAL PARA A FOLHA
Os advogados paulistas elegem
no dia 16 os novos dirigentes da
secção São Paulo da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB-SP).
Concorrem duas chapas: Avança OAB -encabeçada pelo atual
secretário-geral da entidade, Carlos Miguel Aidar- e Oposição
Unida, capitaneada por Roberto
Ferreira, ex-presidente da Caixa
de Assistência dos Advogados de
São Paulo (Caasp).
Eles disputam os votos dos cerca de 150 mil advogados do Estado. O eleito administrará um orçamento anual estimado em R$
69 milhões para 2001. Neste ano, o
orçamento foi de R$ 48 milhões.
Votam todos os advogados com
as anuidades em dia. Boa parte
pode não participar, já que a inadimplência ronda os 40%, índice
mais alto da história da entidade.
Aidar diz que sua chapa representa a continuação do trabalho
da atual gestão.
O coordenador da campanha é
Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, ex-presidente da entidade e
advogado de defesa do prefeito
Celso Pitta no processo que o
afastou por 19 dias do cargo.
Ferreira dirigiu a Caasp na gestão anterior, embora tenha rachado com a diretoria. Agora, sua
chapa reúne vários de seus adversários na eleição passada, dentre
os quais Raimundo Hermes Barbosa, então candidato à presidência da OAB-SP e atual postulante
ao cargo de presidente da Caasp.
Aidar afirma que dará prioridade à valorização do ensino do direito e à capacitação profissional.
O candidato da situação diz ainda que criará plantões de prerrogativas -para defender advogados ameaçados por autoridades
no exercício da profissão- nos
principais foros do Estado.
Entre os serviços, Aidar quer
ampliar a atuação da Caasp, que
oferece remédios e livros a preços
mais baixos, entre outras coisas.
"Outro ponto importante é a revisão do convênio de assistência
judiciária (entre OAB e Procuradoria Geral do Estado, para prestar assistência jurídica à população carente), pois a tabela (de honorários) está defasada", conclui.
"A atual gestão nada fez para
melhorar a situação de 50% da
classe, que dependem do convênio de assistência judiciária para
sobreviver, e a tabela de honorários em vigor é irrisória", rebate
Ferreira.
Segundo ele, nunca se prendeu
tantos advogados por desacato
em audiência. "A diretoria da
OAB relegou a defesa das prerrogativas profissionais ao último
plano e nunca se posicionou como deveria", diz.
Ele propõe a criação de um teleprerrogativas 0800 com atendimento ininterrupto.
O líder oposicionista quer criar
o Instituto de Previdência dos Advogados de São Paulo, "a exemplo
dos já existentes em outras seccionais do país".
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