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SEGURANÇA SOB AMEAÇA
Seis pessoas dispararam 12 tiros contra prédio; em Praia Grande, policial militar sem farda e de folga foi morto por três homens
Grupo ataca delegacia em Santos de bicicleta
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Em dois novos casos de violência contra alvos policiais na Baixada Santista, ambos na noite de ontem, um soldado da Polícia Militar foi assassinado a tiros em Praia
Grande e, em Santos, 12 tiros foram disparados contra uma delegacia no centro da cidade.
Às 21h40, seis rapazes de bicicleta pararam diante da Diju (Delegacia da Infância e da Juventude),
no centro de Santos, fizeram pelo
menos 12 disparos e fugiram.
Vizinhos informaram aos policiais que um deles deu a ordem
para iniciar o tiroteio. "Vai", teria
gritado, e em seguida os tiros foram disparados.
A delegacia, a única com carceragem para adolescentes infratores no município, estava fechada.
As balas perfuraram a porta de
metal fechada da Diju, que havia
encerrado o expediente às 20h, e
atingiram a lataria de um Gol da
delegacia que estava estacionado
no interior do prédio. Placas de sinalização na rua também tinham
sinais de tiros. No momento do
atentado, havia na delegacia dois
carcereiros e quatro adolescentes
infratores detidos. Eles estavam
nos fundos e nada sofreram.
Praia Grande
De folga e à paisana, o soldado
Evandro Mendes de Oliveira, 34,
da 2ª Companhia do 45º Batalhão,
comia um pastel junto a um carrinho ambulante, às 20h30, no bairro Tude Bastos (periferia da cidade), quando três homens armados de pistolas se aproximaram a
pé. O grupo disparou contra o soldado, atingido por nove tiros.
Os três fugiram em um Ford Ka
cinza, estacionado nas proximidades, onde outros dois homens,
que os aguardavam. Durante a fuga, o grupo efetuou vários disparos para o alto, segundo informaram testemunhas à polícia.
Até as 22h30 de ontem, não havia informações que indicassem
relação entre o assassinado e a onda de violência contra policiais,
que, desde domingo, já tinha provocado quatro atentados com tiros e bombas -três contra unidades da PM no Guarujá (dois) e
em São Vicente e outro contra a
Delegacia Sede de Praia Grande.
Até o final da noite, todo o efetivo de plantão das polícias Civil e
Militar de Praia Grande estava
mobilizado para localizar os autores do assassinato. O promotor
Walfredo Cunha Campos, do Ministério Público Estadual, acompanhava as investigações.
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