UOL


São Paulo, quinta-feira, 06 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SEGURANÇA SOB AMEAÇA

Seis pessoas dispararam 12 tiros contra prédio; em Praia Grande, policial militar sem farda e de folga foi morto por três homens

Grupo ataca delegacia em Santos de bicicleta

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Em dois novos casos de violência contra alvos policiais na Baixada Santista, ambos na noite de ontem, um soldado da Polícia Militar foi assassinado a tiros em Praia Grande e, em Santos, 12 tiros foram disparados contra uma delegacia no centro da cidade.
Às 21h40, seis rapazes de bicicleta pararam diante da Diju (Delegacia da Infância e da Juventude), no centro de Santos, fizeram pelo menos 12 disparos e fugiram.
Vizinhos informaram aos policiais que um deles deu a ordem para iniciar o tiroteio. "Vai", teria gritado, e em seguida os tiros foram disparados.
A delegacia, a única com carceragem para adolescentes infratores no município, estava fechada. As balas perfuraram a porta de metal fechada da Diju, que havia encerrado o expediente às 20h, e atingiram a lataria de um Gol da delegacia que estava estacionado no interior do prédio. Placas de sinalização na rua também tinham sinais de tiros. No momento do atentado, havia na delegacia dois carcereiros e quatro adolescentes infratores detidos. Eles estavam nos fundos e nada sofreram.

Praia Grande
De folga e à paisana, o soldado Evandro Mendes de Oliveira, 34, da 2ª Companhia do 45º Batalhão, comia um pastel junto a um carrinho ambulante, às 20h30, no bairro Tude Bastos (periferia da cidade), quando três homens armados de pistolas se aproximaram a pé. O grupo disparou contra o soldado, atingido por nove tiros.
Os três fugiram em um Ford Ka cinza, estacionado nas proximidades, onde outros dois homens, que os aguardavam. Durante a fuga, o grupo efetuou vários disparos para o alto, segundo informaram testemunhas à polícia.
Até as 22h30 de ontem, não havia informações que indicassem relação entre o assassinado e a onda de violência contra policiais, que, desde domingo, já tinha provocado quatro atentados com tiros e bombas -três contra unidades da PM no Guarujá (dois) e em São Vicente e outro contra a Delegacia Sede de Praia Grande.
Até o final da noite, todo o efetivo de plantão das polícias Civil e Militar de Praia Grande estava mobilizado para localizar os autores do assassinato. O promotor Walfredo Cunha Campos, do Ministério Público Estadual, acompanhava as investigações.


Texto Anterior: Segurança sob ameaça: Ataque improvisado dificulta ação da polícia
Próximo Texto: Preso usou o seu carro em ataque
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.