DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia de São Paulo apresentou ontem três homens acusados de envolvimento em três dos 20 atentados no Estado em quatro dias. Jéferson da Silva, 20, foi detido anteontem à noite dirigindo um Ômega que tinha duas marcas de tiro na lataria -resultado de tiroteio com a polícia-, visto em dois ataques na noite de domingo.
Segundo o delegado seccional de São Mateus, Luiz Carlos do Carmo, 40, Silva usou o próprio carro, que não está em seu nome, para atacar uma base da GCM (Guarda Civil Metropolitana), em Sapopemba (zona leste), em que dois guardas foram feridos com tiros de fuzil. Na sequência, ele e outra pessoa não-identificada teriam atirado contra um carro da PM na Fazenda da Juta, também na zona leste. Nesse confronto, um policial foi ferido no rosto e Silva acabou baleado de raspão no braço -ferimento que apresentava ao ser detido.
O suspeito se reservou o direito de falar em juízo e não forneceu detalhes sobre os atentados.
A polícia não localizou o fuzil utilizado na ação. Ao ser preso, Silva carregava um revólver e uma pistola. O menor que acompanhava, de 15 anos, foi liberado por não ter sido reconhecido. Um PM e um guarda confirmaram ter visto Silva, que teve a prisão temporária decretada. O rapaz estava em liberdade condicional e tem uma condenação por assalto.
Os outros dois acusados são os irmãos Kelson, 27, e José Kennedy Ribeiro Lima, 23. Eles teriam sequestrado, no domingo, o PM Alexandre Ribeiro Cabreira, a namorada dele, Paula Matos Takashi, e Renato Donizete Lourenço. Enquanto os três permaneciam em um cativeiro desconhecido, o veículo do policial era usado para atacar a base da PM no Itaim Paulista, na zona leste, segundo o delegado seccional de Itaquera, Nicanor Nogueira Branco.
O Palio cinza foi abandonado em seguida, perto da divisa de São Paulo com Guarulhos. Dentro, a polícia encontrou cartuchos de pistola deflagrados e intactos, que coincidem com o calibre das armas usadas na ação contra a PM.


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