São Paulo, terça-feira, 06 de novembro de 2007

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Venda de leite da Parmalat produzido no RS é liberada

As duas fábricas da empresa estão fora da proibição

DA FOLHA RIBEIRÃO

O Ministério da Agricultura liberou no sábado a venda da produção de leite longa vida (UHT) da fábrica da Parmalat em Carazinho (RS).
Na quinta-feira, a pasta suspendeu a comercialização da produção de cinco fábricas após constatar que os produtos tinham teores de acidez e alcalinidade fora dos padrões. Na sexta, o ministério liberou a venda da produção da unidade da Parmalat em Santa Helena de Goiás (GO), que também havia sido proibida.
O veto continua em vigor em três fábricas: Copervale (Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande), de Uberaba (MG); Casmil (Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro), de Passos (MG); e Avipal, de Itumbiara (GO).
A Parmalat informou, em nota, que a liberação da venda do leite em suas duas unidades confirma a qualidade do produto e do processo industrial.
A Avipal afirmou que o leite cuja venda foi suspensa é da marca Calu, produzido pela CCL (Cooperativa Central de Laticínios do Estado de São Paulo), estocados na unidade de Itumbiara. A fábrica, segundo a empresa, foi comprada pela Avipal em 5 de outubro.
A Calu disse que ou houve erro da Avipal no processamento ou envasamento do produto ou do ministério na análise.
A Copervale não se pronunciou. A Casmil alega que não produz longa vida há mais de um ano. Segundo o ministério, a suspensão ocorreu porque a empresa possui registro no órgão para produzir esse tipo de leite -a Casmil foi uma das cooperativas que originaram a operação Ouro Branco.
Quinze dias após a deflagração da operação, que resultou na prisão de 28 pessoas e na interdição das duas cooperativas mineiras, seis lotes de leite longa vida seguem interditados: três da Copervale e três da Calu, de Uberlândia (MG).
Ontem, o ministério deu início ao novo sistema de fiscalização nas cooperativas do país. Em vez de as empresas serem analisadas sempre pelos mesmos fiscais, elas passaram a ser fiscalizadas por uma equipe de três profissionais, de forma aleatória.
O fato de a fiscalização ser feita sempre pelo mesmo profissional é um dos motivos apontados pelo Ministério Público Federal para as fraudes detectadas na Copervale e na Casmil. Segundo o ministério, a decisão foi tomada a partir de experiências em outubro em cinco localidades de Minas e visam evitar fraudes.


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