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Venda de leite da Parmalat produzido no RS é liberada
As duas fábricas da empresa estão fora da proibição
DA FOLHA RIBEIRÃO
O Ministério da Agricultura
liberou no sábado a venda da
produção de leite longa vida
(UHT) da fábrica da Parmalat
em Carazinho (RS).
Na quinta-feira, a pasta suspendeu a comercialização da
produção de cinco fábricas
após constatar que os produtos
tinham teores de acidez e alcalinidade fora dos padrões. Na
sexta, o ministério liberou a
venda da produção da unidade
da Parmalat em Santa Helena
de Goiás (GO), que também havia sido proibida.
O veto continua em vigor em
três fábricas: Copervale (Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande), de
Uberaba (MG); Casmil (Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro), de Passos (MG); e
Avipal, de Itumbiara (GO).
A Parmalat informou, em nota, que a liberação da venda do
leite em suas duas unidades
confirma a qualidade do produto e do processo industrial.
A Avipal afirmou que o leite
cuja venda foi suspensa é da
marca Calu, produzido pela
CCL (Cooperativa Central de
Laticínios do Estado de São
Paulo), estocados na unidade
de Itumbiara. A fábrica, segundo a empresa, foi comprada pela Avipal em 5 de outubro.
A Calu disse que ou houve erro da Avipal no processamento
ou envasamento do produto ou
do ministério na análise.
A Copervale não se pronunciou. A Casmil alega que não
produz longa vida há mais de
um ano. Segundo o ministério,
a suspensão ocorreu porque a
empresa possui registro no órgão para produzir esse tipo de
leite -a Casmil foi uma das
cooperativas que originaram a
operação Ouro Branco.
Quinze dias após a deflagração da operação, que resultou
na prisão de 28 pessoas e na interdição das duas cooperativas
mineiras, seis lotes de leite longa vida seguem interditados:
três da Copervale e três da Calu, de Uberlândia (MG).
Ontem, o ministério deu início ao novo sistema de fiscalização nas cooperativas do país.
Em vez de as empresas serem
analisadas sempre pelos mesmos fiscais, elas passaram a ser
fiscalizadas por uma equipe de
três profissionais, de forma
aleatória.
O fato de a fiscalização ser
feita sempre pelo mesmo profissional é um dos motivos
apontados pelo Ministério Público Federal para as fraudes
detectadas na Copervale e na
Casmil. Segundo o ministério, a
decisão foi tomada a partir de
experiências em outubro em
cinco localidades de Minas e visam evitar fraudes.
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