São Paulo, quarta-feira, 06 de dezembro de 2006

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PMs da Rota e empresário serão processados por mortes

Eles são acusados de armar seqüestro para justificar crime

ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Suspeitos de armar um seqüestro relâmpago e um tiroteio para justificar as mortes de dois homens, quatro integrantes da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tropa de elite da Polícia Militar, foram transformados em réus ontem, de acordo a decisão do juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano, do Tribunal do Júri de Guarulhos (Grande São Paulo).
Além dos PMs -o 2º tenente Francisco Carlos Laroca Júnior, 25, o cabo Renato Aparecido Russo, 31, e os soldados Alexandre de Lima Costa, 36, e Marco Antônio Pinheiro, 36-, o juiz recebeu a denúncia do promotor Marcelo Alexandre de Oliveira contra o empresário Rui Rodrigues da Silva, 42, suspeito de se passar por vítima de seqüestro para ajudar os policiais na farsa. O juiz também ordenou a quebra do sigilo telefônico de Silva, para a apurar a amizade dele com dois PMs de Guarulhos que o teriam apresentado aos policiais da Rota.
Conforme a denúncia, em 13 de maio, na primeira onda de ataques do PCC, os PMs e Silva se uniram para tentar justificar as mortes do presidiário Jefferson Morgado Britto, 31, e do ex-detento José Feliz Ramalho, 44. Em seus depoimentos, todos os PMs disseram que, antes de atirar em Ramalho e Britto, foram alvo dos disparos dos dois, após perseguirem o carro onde Silva seria mantido refém. À Folha, Silva disse no dia 23 que a versão é verdadeira.


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