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PMs da Rota e empresário serão processados por mortes
Eles são acusados de armar seqüestro para justificar crime
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Suspeitos de armar um seqüestro relâmpago e um tiroteio para justificar as mortes de
dois homens, quatro integrantes da Rota (Rondas Ostensivas
Tobias de Aguiar), tropa de elite da Polícia Militar, foram
transformados em réus ontem,
de acordo a decisão do juiz
Leandro Jorge Bittencourt Cano, do Tribunal do Júri de Guarulhos (Grande São Paulo).
Além dos PMs -o 2º tenente
Francisco Carlos Laroca Júnior, 25, o cabo Renato Aparecido Russo, 31, e os soldados
Alexandre de Lima Costa, 36, e
Marco Antônio Pinheiro, 36-,
o juiz recebeu a denúncia do
promotor Marcelo Alexandre
de Oliveira contra o empresário
Rui Rodrigues da Silva, 42, suspeito de se passar por vítima de
seqüestro para ajudar os policiais na farsa. O juiz também
ordenou a quebra do sigilo telefônico de Silva, para a apurar a
amizade dele com dois PMs de
Guarulhos que o teriam apresentado aos policiais da Rota.
Conforme a denúncia, em 13
de maio, na primeira onda de
ataques do PCC, os PMs e Silva
se uniram para tentar justificar
as mortes do presidiário Jefferson Morgado Britto, 31, e do ex-detento José Feliz Ramalho,
44. Em seus depoimentos, todos os PMs disseram que, antes
de atirar em Ramalho e Britto,
foram alvo dos disparos dos
dois, após perseguirem o carro
onde Silva seria mantido refém.
À Folha, Silva disse no dia 23
que a versão é verdadeira.
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