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Redução em casos de morte violenta é de 22% em São Paulo
DA SUCURSAL DO RIO
O Estado de São Paulo foi o
principal destaque positivo nas
estatísticas de mortes de jovens
do sexo masculino por causas
violentas. De 2004 para 2005, a
taxa brasileira caiu de 137,4
mortes por 100 mil jovens homens para 125,2, uma redução
de 8,9%. Em São Paulo, essa
queda foi mais acentuada: passou de 177,1 para 138, uma redução de 22,1%.
Apesar de a taxa paulista ainda estar num patamar superior
a média nacional, essa redução
fez com que o Estado caísse da
quinta posição no ranking das
unidades da federação mais
violentas para a décima. A primeira colocação continua com
o Rio de Janeiro, que não acompanhou a tendência de redução
do Brasil e apresentou aumento de 1,1% na taxa, que era de
225 em 2004 e passou para
227,4 no ano passado.
Ao comparar o exemplo desses dois Estados, o demógrafo
Celso Simões, do IBGE, afirma
que o principal fator a explicar
a queda em São Paulo é a atuação do poder público. Isso porque não houve, do ponto de vista demográfico, nenhuma mudança significativa na estrutura
da população que tenha ocorrido em São Paulo e não tenha
ocorrido no Rio.
"Talvez São Paulo esteja se
beneficiando do fato de ter tido
continuidade das políticas públicas nos últimos anos, enquanto no Rio houve constantes brigas políticas", afirma.
O demógrafo destaca ainda
que, no caso de SP, a tendência
de queda tem sido constante
desde 2002, quando o Estado
tinha uma taxa de 233,9 mortes
por 100 mil homens jovens e
ocupava a terceira posição no
ranking, atrás somente do Rio e
do Amapá.
Somente Estados do Norte
do país apresentaram queda
superior à verificada em SP.
Nesses casos, no entanto, Simões alerta para o fato de o subregistro de morte ser muito
grande, o que pode provocar
oscilações artificiais na taxa.
No Norte, segundo o IBGE,
28,5% dos óbitos não foram registrados em 2005. Na região
Sudeste, 3,6%. Além disso, como a população desses Estados
é também menor, é normal que
haja mais variação na taxa.
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