São Paulo, segunda-feira, 06 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Polícia apura morte de menina em hospital Boletim de ocorrência e registro de óbito indicam que garota de 12 anos recebeu vaselina líquida na veia em vez de soro Menina foi atendida em hospital municipal no Jaçanã; secretaria diz que aguarda apuração do caso pela unidade DO "AGORA" A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte da estudante Stephanie dos Santos Teixeira, 12, ocorrida na madrugada de anteontem. Segundo boletim de ocorrência registrado no 77º DP, em Santa Cecília, na região central, a vítima recebeu vaselina na veia em vez de soro, no Hospital São Luiz Gonzaga, no Jaçanã (zona norte). A unidade, da rede municipal, é administrada pela Santa Casa de São Paulo. Consta do registro de óbito emitido pelo hospital, obtido pela reportagem, que a menina "foi entubada e os médicos perceberam que foram infundidos 50 ml de vaselina líquida endovenosa". De acordo com a polícia, a vítima morreu após ser transferida para a Santa Casa, no bairro de Santa Cecília. O caso foi registrado como homicídio culposo (quando não há intenção). A dona de casa Roseana Mércia dos Santos Teixeira, 38, mãe de Stephanie, contou que, na tarde da última sexta-feira, a filha estava passando mal e vomitou diversas vezes. Segundo a mãe da menina, ela foi levada ao hospital São Luiz Gonzaga, onde uma médica afirmou que ela estava "desidratada" e lhe receitou quatro doses de soro. A mãe disse que a filha melhorou após receber as duas primeiras doses, "de um recipiente de plástico", mas piorou após a terceira, supostamente de vaselina líquida, "de um recipiente de vidro". SINDICÂNCIA O hospital disse, por meio de sua assessoria de imprensa, ter aberto uma sindicância para apurar a causa da morte de Stephanie. A unidade não informou se os médicos que cuidavam da paciente foram afastados. Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal da Saúde disse que "acompanharia" a reposta do hospital sobre a sindicância. Segundo um médico ouvido pela reportagem, que pede para não ser identificado, a vaselina líquida geralmente é utilizada como lubrificante em exames de toque e na colocação de curativos. Em contato com a corrente sanguínea, diz o médico, ela pode causar embolia. Texto Anterior: Enrique Svirsky Sompolinsky (1951-2010): O ambientalista e o basquete Próximo Texto: Foco: Frisbee ganha parques de SP e atrai homens e mulheres Índice | Comunicar Erros

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