São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2004 |
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Ladrões assaltam casa e matam um refém no interior de São Paulo
KATIUCIA MAGALHÃES FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO Um refém foi assassinado, supostamente por uma quadrilha de ladrões, e um suspeito foi morto pela Polícia Militar ontem de madrugada após um assalto a uma casa em um bairro de classe média de Franca (400 km ao norte de São Paulo). Segundo a Polícia Civil, por volta das 2h30, três homens armados e encapuzados invadiram a casa do cabeleireiro Benedito Estevan de Andrade, 49, e o amarram juntamente com seu amigo, o também cabeleireiro André Luís de Aguiar, 24. Durante pouco mais de uma hora, a quadrilha roubou aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos, R$ 2.000 em dinheiro e três veículos -uma van e uma moto, pertencentes a Andrade, e um Chevette, pertencente a Aguiar. Após colocar os produtos roubados na van, o trio de assaltantes fugiu -um em cada veículo e com Aguiar na van, como refém. Segundo o delegado Manir Matos Salomão, 36, após a saída dos ladrões, Andrade começou a gritar por socorro. Os vizinhos, assustados, chamaram a Polícia Militar, que cercou as principais rodovias que dão acesso à cidade. Por volta das 5h, a PM, que fazia buscas na estrada que liga Franca a Batatais, encontrou o Chevette roubado e um dos ladrões, a cerca de 15 metros do veículo. O policial militar Cláudio de Oliveira, 33, que participou da ação, disse à Folha que, ao ser abordado, o suspeito, identificado como Carlos Alberto de Andrade, apontou um revólver calibre 38 para os policiais, que reagiram a tiros. O suspeito foi atingido no peito e chegou a ser levado à Santa Casa da cidade, onde morreu. Os assaltantes que estavam na van e na moto fugiram. Por volta das 7h, o corpo do refém, que foi morto com um tiro na nuca, foi encontrado a duas quadras do local do assalto. Para a Polícia Civil, é pouco provável que o refém tenha sido morto em represália à ação policial que terminou com a morte de um suspeito. "Nem perseguimos a van onde ele [o refém] estava", disse o delegado Wanir José da Silveira Júnior, 38, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), que irá apurar os crimes. Segundo o delegado, a polícia investiga se houve envolvimento de Aguiar no assalto, já que não há sinais de arrombamento na casa e apenas ele foi feito refém. O delegado vai apurar ainda se há algum parentesco entre o dono da casa assaltada e o suspeito morto pela PM, já que os dois têm o mesmo sobrenome. Texto Anterior: Violência: Preso suspeito de matar meninos no RS Próximo Texto: Panorâmica - Verão: Programa da prefeitura oferece atividades gratuitas em piscinas até 1º de fevereiro Índice |
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