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ADMINISTRAÇÃO
Manutenção foi priorizada no primeiro ano da gestão
Serra aplicou 64% da verba antienchente
ALEXSSANDER SOARES
DA REPORTAGEM LOCAL
A gestão José Serra gastou, no
ano passado, 63,9% dos recursos
reservados no Orçamento para o
combate a enchentes.
O Orçamento aprovado no final
de 2004, ainda na gestão de Marta
Suplicy (PT), estimava R$ 194,3
milhões para combater os efeitos
da chuva. Utilizando a margem
de remanejamento, a gestão Serra
aumentou a previsão de gastos
para R$ 220,8 milhões, mas acabou aplicando R$ 141,3 milhões.
Os números significam os empenhos (autorização de gastos para contratação de serviços e
obras) feitos pela prefeitura no
ano passado. O balanço foi fornecido pela Secretaria Municipal
das Subprefeituras, com base no
Sistema de Execução Orçamentária da Secretaria das Finanças.
A ex-prefeita gastou R$ 85,9 milhões, ou 80,76%, dos R$ 106 milhões previstos no combate a enchentes no Orçamento aprovado
para seu último ano de governo.
Em 2003, a gestão Marta gastou
R$ 164 milhões, ou 98,84%, dos
R$ 165,9 milhões reservados.
Os números foram fornecidos
pelos vereadores petistas Paulo
Fiorilo e Antonio Donato, utilizando a mesma base do Sistema
de Execução Orçamentária.
Manutenção
A administração do prefeito José Serra priorizou remanejar os
recursos previstos como novos
investimentos para a manutenção
da rede de drenagem, autorizando gastos em limpeza de piscinões, córregos e galerias pluviais.
A Secretaria das Subprefeituras
centralizou a maior parte dos gastos no combate a enchentes no
primeiro ano da gestão Serra, investindo R$ 23,7 milhões dos R$
34,6 milhões previstos nos serviços de microdrenagem (limpeza
de galerias pluviais e bocas-de-lobo) e R$ 41 milhões dos R$ 58 milhões inicialmente reservados para a limpeza de córregos e locação
de máquinas para o serviço.
O secretário das Subprefeituras,
Walter Feldman, que comanda as
operações contra enchentes na cidade, afirma que a prioridade no
primeiro ano de administração
foi melhorar a capacidade de escoamento das chuvas nos equipamentos já existentes.
"Preferimos acabar com a cultura de construir. Nossa prioridade foi manter os atuais piscinões
funcionando na sua capacidade
plena, além de um esforço para
reduzir os pontos de alagamentos
com a limpeza das galerias e bocas-de-lobo", disse Feldman.
De acordo com o secretário, a
cidade possui cerca de 500 pontos
de alagamentos por problemas
estruturais de galerias ou bocas-de-lobo. "Só poderemos combater esses pontos após o final da
temporada de chuvas. As obras
fazem parte do nosso planejamento de mandato para o segundo semestre, quando vamos fazer
intervenções com obras nos pontos com alagamentos freqüentes."
Ele alega que a secretaria não
conseguiu realizar as obras no
ano passado porque não encontrou nenhum estudo ou mapeamento dos pontos com alagamentos constantes.
A Secretaria de Infra-Estrutura
Urbana e Obras informa que foram investidos R$ 40 milhões na
canalização de córregos em 2005.
O principal investimento no ano
passado ocorreu no córrego Ipiranga (zona sul), com a autorização, a partir de julho, de R$ 20 milhões a serem gastos na obra.
Críticas
A falta de investimentos na
construção de novos piscinões ou
na ampliação da atual rede de galeria pluvial é a principal crítica
feita pelos vereadores petistas na
Câmara Municipal. A cidade tem
atualmente 16 piscinões, sendo 9
localizados na zona leste.
Na opinião do vereador Donato, a prefeitura deveria ter investido em novos piscinões e na ampliação da rede pluvial.
Ele alega que a gestão petista investiu, em média, cerca de R$ 50
milhões ao ano na expansão de
novas galerias e canalização de
córregos.
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