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Procurador-geral vai apurar circunstâncias da morte
Lei exige que Procuradoria Geral, e não polícia, investigue casos envolvendo promotores
Firmino Barbosa tinha dois filhos, e sua mulher estava
grávida de oito meses; amigos dizem que ele
nunca foi criminoso
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
A morte de Firmino Barbosa,
30, por tiros disparados pelo
promotor Pedro Baracat Guimarães Pereira, 42, anteontem
à noite, em Moema (zona sul de
SP), será investigada pela Procuradoria Geral de Justiça.
Em nota, o procurador-geral
de Justiça, Rodrigo César de
Rebello Pinho, confirmou que
vai investigar "as circunstâncias da morte" de Barbosa.
A Lei Orgânica do Ministério
Público prevê que, quando a
polícia identificar "indício de
prática de infração penal por
parte de membro do Ministério
Público", o processo deve ser
encaminhado ao procurador-geral de Justiça, "a quem competirá dar prosseguimento à
apuração do fato".
Barbosa é pai de dois filhos e,
segundo amigos, sua mulher
está grávida de oito meses.
O velório do motoqueiro, no
cemitério Jardim da Paz, na periferia de Embu (Grande São
Paulo), onde ele morava, foi
curto, porém tenso.
Amigos do morto impediram
o acesso da reportagem de duas
redes de televisão ao local. A
mãe xingava o promotor.
Diziam que ele não era criminoso. "Estão falando que ele foi
roubar o cara [o promotor]. Ele
não foi. Um cara que trabalha
em dois serviços não vai pensar
em roubar", disse um deles.
Um dos filhos de Barbosa,
com cerca de oito anos de idade, era consolado por familiares enquanto chamava pelo pai.
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