São Paulo, segunda-feira, 07 de janeiro de 2008

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Procurador-geral vai apurar circunstâncias da morte

Lei exige que Procuradoria Geral, e não polícia, investigue casos envolvendo promotores

Firmino Barbosa tinha dois filhos, e sua mulher estava grávida de oito meses; amigos dizem que ele nunca foi criminoso

DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"

A morte de Firmino Barbosa, 30, por tiros disparados pelo promotor Pedro Baracat Guimarães Pereira, 42, anteontem à noite, em Moema (zona sul de SP), será investigada pela Procuradoria Geral de Justiça.
Em nota, o procurador-geral de Justiça, Rodrigo César de Rebello Pinho, confirmou que vai investigar "as circunstâncias da morte" de Barbosa.
A Lei Orgânica do Ministério Público prevê que, quando a polícia identificar "indício de prática de infração penal por parte de membro do Ministério Público", o processo deve ser encaminhado ao procurador-geral de Justiça, "a quem competirá dar prosseguimento à apuração do fato".
Barbosa é pai de dois filhos e, segundo amigos, sua mulher está grávida de oito meses.
O velório do motoqueiro, no cemitério Jardim da Paz, na periferia de Embu (Grande São Paulo), onde ele morava, foi curto, porém tenso.
Amigos do morto impediram o acesso da reportagem de duas redes de televisão ao local. A mãe xingava o promotor.
Diziam que ele não era criminoso. "Estão falando que ele foi roubar o cara [o promotor]. Ele não foi. Um cara que trabalha em dois serviços não vai pensar em roubar", disse um deles.
Um dos filhos de Barbosa, com cerca de oito anos de idade, era consolado por familiares enquanto chamava pelo pai.


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