São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2009

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outro lado

Para consórcio, Justiça será foro imparcial

DA REPORTAGEM LOCAL

O Consórcio Via Amarela informou ontem que "vê com serenidade a denúncia do Ministério Público e entende que a Justiça é o foro imparcial e adequado para julgar o caso após a apresentação de provas documentais, materiais e testemunhais".
Segundo nota da assessoria de imprensa, o consórcio "colaborou com as autoridades", "disponibilizando equipes, técnicos, efetivos e maquinário", além de ter contratado "os melhores especialistas no assunto" que produziram dois laudos entregues às instâncias de investigação.
O Metrô divulgou nota informando que "não teve acesso ao processo" e que "continuará a colaborar" com as autoridades.
A Folha pediu às assessorias de imprensa do consórcio e do Metrô para que transmitissem os recados aos réus sobre a intenção de entrevistá-los diretamente, mas nenhum respondeu -com exceção de Fábio Gandolfo, que informou, por meio da assessoria do Via Amarela, que não se manifestará enquanto a ação estiver sub judice.
A Folha ainda procurou os 13 réus -dos quais três disseram que não falariam, seis não responderam aos recados e quatro não foram localizados.
Manoel Xavier Lemos Filho, diretor do sindicato dos metroviários, defendeu os empregados do Metrô. "A responsabilidade é do governo do Estado e da direção da empresa. Os profissionais são competentes e, pelo modelo de contrato, não tinham autonomia para intervir."
Jurandir Fernandes, ex-secretário dos Transportes Metropolitanos (pasta superior ao Metrô) na gestão Alckmin, disse que não houve surpresa pelo fato de diretores da companhia não terem sido incluídos na denúncia.
O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, contratado pelo Via Amarela, pediu ontem um adendo à denúncia para constar de forma explícita que a acusação é de um crime não intencional.
Hoje ele deve protocolar outro para que haja mais tempo para a defesa prévia por escrito dos réus (e que os dez dias de prazo não sejam contados a partir da notificação). "Não acredito que vá prescrever. Em dois anos não sei, mas em quatro já deverá ter sido julgado", disse.


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