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outro lado
Para consórcio, Justiça será foro imparcial
DA REPORTAGEM LOCAL
O Consórcio Via Amarela informou ontem que "vê
com serenidade a denúncia do Ministério Público e
entende que a Justiça é o
foro imparcial e adequado
para julgar o caso após a
apresentação de provas
documentais, materiais e
testemunhais".
Segundo nota da assessoria de imprensa, o consórcio "colaborou com as
autoridades", "disponibilizando equipes, técnicos,
efetivos e maquinário",
além de ter contratado "os
melhores especialistas no
assunto" que produziram
dois laudos entregues às
instâncias de investigação.
O Metrô divulgou nota
informando que "não teve
acesso ao processo" e que
"continuará a colaborar"
com as autoridades.
A Folha pediu às assessorias de imprensa do
consórcio e do Metrô para
que transmitissem os recados aos réus sobre a intenção de entrevistá-los
diretamente, mas nenhum respondeu -com
exceção de Fábio Gandolfo, que informou, por
meio da assessoria do Via
Amarela, que não se manifestará enquanto a ação
estiver sub judice.
A Folha ainda procurou
os 13 réus -dos quais três
disseram que não falariam, seis não responderam aos recados e quatro
não foram localizados.
Manoel Xavier Lemos
Filho, diretor do sindicato
dos metroviários, defendeu os empregados do
Metrô. "A responsabilidade é do governo do Estado
e da direção da empresa.
Os profissionais são competentes e, pelo modelo de
contrato, não tinham autonomia para intervir."
Jurandir Fernandes, ex-secretário dos Transportes Metropolitanos (pasta
superior ao Metrô) na gestão Alckmin, disse que não
houve surpresa pelo fato
de diretores da companhia não terem sido incluídos na denúncia.
O advogado Antônio
Cláudio Mariz de Oliveira,
contratado pelo Via Amarela, pediu ontem um
adendo à denúncia para
constar de forma explícita
que a acusação é de um
crime não intencional.
Hoje ele deve protocolar outro para que haja
mais tempo para a defesa
prévia por escrito dos réus
(e que os dez dias de prazo
não sejam contados a partir da notificação). "Não
acredito que vá prescrever. Em dois anos não sei,
mas em quatro já deverá
ter sido julgado", disse.
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