São Paulo, quinta-feira, 07 de janeiro de 2010 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Moradores protestam contra enchente
No Jardim Bela Vista, na região de Brasilândia, que alagou anteontem, restos de móveis, pneus e colchões foram queimados
ALINE MAZZO DO "AGORA" Revoltados com a enchente que atingiu o bairro na noite de anteontem, moradores do Jardim Bela Vista, na região de Brasilândia (zona norte de SP), atearam fogo em restos de móveis, pneus e colchões na manhã de ontem, para chamar a atenção para o problema. O córrego Canivete, que deságua no rio Bananal, transbordou e invadiu as casas que ficam próximas. A água subiu mais de um metro e duas crianças precisaram ser resgatadas pelos bombeiros. No Estado, desde o dia 1º de dezembro, as chuvas já causaram 43 mortes, segundo a Defesa Civil. Ontem, por volta das 11h, cerca de 150 pessoas fecharam a rua Ibiraiaras, no cruzamento com a Martim Pererê, com móveis e colchões, e atearam fogo nos objetos. A Polícia Militar foi chamada e deteve um dos manifestantes, liberado em seguida. A população também ateou fogo em pneus e caçambas com lixo em outros quatro pontos. Os bombeiros ficaram no local até as 15h. Com a interdição da rua Ibiraiaras, três linhas de ônibus não conseguiam chegar até o ponto final. Os passageiros eram deixados cerca de 500 metros antes, mas, segundo a SPTrans, os veículos não pararam de circular. No fim da tarde, os moradores voltaram a colocar fogo em móveis e colchões, e os próprios moradores apagaram o incêndio. "Estava muito quente e fiquei com medo de pegar fogo no carro que estava na garagem e na rede elétrica", contou a funcionária pública Luzia Maria Costa Santos, 56. Ela também teve a casa inundada pela enchente de anteontem e perdeu o sofá e os eletrodomésticos. "Pago R$ 600 de IPTU e tenho a casa destruída todo verão. Até quando vou ter que pagar por isso?" A Subprefeitura de Freguesia do Ó e Brasilândia informou que já existem funcionários fazendo a limpeza no local e que não há famílias desabrigadas. Segundo a subprefeitura, a implantação do Parque Linear do Canivete, que já começou, deverá sanar o problema. Cerca de 600 famílias já foram retiradas do local, e as que tiveram casas alagadas na enchente serão removidas na segunda fase. Texto Anterior: Há 50 Anos Próximo Texto: Diarista morre ao ser sugada por bueiro sem grade Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |