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Obra para motofaixa na Vergueiro começa no dia 15
Prefeitura prevê conclusão até março; faixa ficará à esquerda, ao lado do canteiro central
Pista exclusiva para motos, que vai ligar a Vila Mariana ao centro, pode desafogar o corredor da avenida 23 de Maio, segundo a CET
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
As obras para a implantação
de uma faixa para motos no
corredor Vergueiro, da praça
João Mendes (centro) à Vila
Mariana (zona sul), devem começar na semana que vem, dia
15, para que sejam entregues
até março, anunciou ontem a
gestão Gilberto Kassab (DEM).
A motofaixa terá sua rota pelas avenidas Noé de Azevedo,
Vergueiro e Liberdade, com
uma extensão total de 7 km (3,5
km em cada sentido). Ficará no
lado esquerdo da pista, colada
ao canteiro central. Além de tirar espaço na largura das faixas
dos demais veículos, provocará
mudanças para quem faz conversões à esquerda em quatro
pontos da Vergueiro -que serão substituídas por retornos.
"Isso poderia gerar algum perigo ao motociclista", afirmou
Alexandre de Moraes, secretário municipal dos Transportes.
A cidade já tem uma faixa para motos na av. Sumaré (zona
oeste), mas a pista do centro até
a região da Vila Mariana é a primeira das oito novas que são
previstas por Kassab.
A justificativa é a organização do fluxo para reduzir acidentes. A proposta, porém, é
controversa entre técnicos
-que citam a melhoria da segurança viária como ponto positivo, mas criticam a priorização
de um transporte individual.
A prefeitura diz que mantém
os estudos de uma motofaixa
na marginal Tietê. "Mas essa
ainda é análise. A outra é realidade", disse Moraes.
Os técnicos da CET avaliam
que a motofaixa da Vergueiro
pode ser uma alternativa à 23
de Maio e, por isso, cogitam
proibir a circulação de motos
nesse corredor. Ontem, porém,
a companhia diz que isso não
vai ocorrer "inicialmente".
Outras iniciativas da gestão
Kassab para organizar a circulação de motos fracassaram em
anos anteriores. O prefeito implantou uma faixa para motos
na 23 de Maio em 2008, mas,
diante do impacto negativo no
trânsito, desistiu antes mesmo
de encerrar a fase de testes.
Jaime Waisman, professor
da USP, diz ser "cético" em relação ao sucesso das motofaixas
em São Paulo -embora ache
"louvável" a preocupação com a
segurança. "A cidade não tem
espaço. Ônibus e carros, que
devem ser prioritários, vão acabar perdendo", afirma.
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