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Justiça do MA decreta prisão de dois suspeitos investigados por CPI
RICARDO BRANDT
DA FOLHA CAMPINAS
A Justiça do Maranhão decretou
ontem a prisão preventiva do empresário campineiro William
Walder Sozza, que já estava detido temporariamente, e do delegado de polícia de São Luís (MA) José Ribamar Pinheiro Ferreira.
Eles são acusados pelo Ministério Público Estadual de envolvimento no assassinato do delegado Stênio José Mendonça, em 97.
O delegado morto investigava o
roubo de uma carreta encontrada
em uma garagem usada pelo ex-deputado José Gerardo de Abreu.
O caso foi investigado pela CPI
do Narcotráfico, que descobriu
uma quadrilha que agia nos Estados do Maranhão, Rondônia, São
Paulo e Minas Gerais, envolvendo
políticos, policiais, empresários e
juízes.
No processo que corre na 2ª Vara Criminal, em São Luís, sobre o
caso, 13 pessoas são denunciadas
por envolvimento com a morte
do delegado.
Entre elas, o ex-deputado José
Gerardo, mais um delegado, outro empresário, quatro agentes de
polícia, um pistoleiro, entre outros. Todos negaram a participação no crime na época.
O empresário campineiro William Sozza foi denunciado na
Justiça e na CPI do Narcotráfico
como o braço da quadrilha no Estado de São Paulo, mais especificamente na região de Campinas
(99 km de SP).
Sozza chegou a ser ouvido pela
CPI em Brasília (DF), em outubro
de 99, e depois entrou numa rotina de fuga pelo país que durou até
dezembro do ano passado. Ele foi
preso em Porto Ferreira (230 km
de São Paulo).
O advogado de Sozza, Herberto
Aparecido Guimarães, afirmou
que não existem provas contra
seu cliente. O delegado Ferreira
não foi localizado para comentar
o assunto. Ele deveria ter sido detido ontem.
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