São Paulo, quarta-feira, 07 de fevereiro de 2001

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Justiça do MA decreta prisão de dois suspeitos investigados por CPI

RICARDO BRANDT
DA FOLHA CAMPINAS

A Justiça do Maranhão decretou ontem a prisão preventiva do empresário campineiro William Walder Sozza, que já estava detido temporariamente, e do delegado de polícia de São Luís (MA) José Ribamar Pinheiro Ferreira.
Eles são acusados pelo Ministério Público Estadual de envolvimento no assassinato do delegado Stênio José Mendonça, em 97.
O delegado morto investigava o roubo de uma carreta encontrada em uma garagem usada pelo ex-deputado José Gerardo de Abreu.
O caso foi investigado pela CPI do Narcotráfico, que descobriu uma quadrilha que agia nos Estados do Maranhão, Rondônia, São Paulo e Minas Gerais, envolvendo políticos, policiais, empresários e juízes.
No processo que corre na 2ª Vara Criminal, em São Luís, sobre o caso, 13 pessoas são denunciadas por envolvimento com a morte do delegado.
Entre elas, o ex-deputado José Gerardo, mais um delegado, outro empresário, quatro agentes de polícia, um pistoleiro, entre outros. Todos negaram a participação no crime na época.
O empresário campineiro William Sozza foi denunciado na Justiça e na CPI do Narcotráfico como o braço da quadrilha no Estado de São Paulo, mais especificamente na região de Campinas (99 km de SP).
Sozza chegou a ser ouvido pela CPI em Brasília (DF), em outubro de 99, e depois entrou numa rotina de fuga pelo país que durou até dezembro do ano passado. Ele foi preso em Porto Ferreira (230 km de São Paulo).
O advogado de Sozza, Herberto Aparecido Guimarães, afirmou que não existem provas contra seu cliente. O delegado Ferreira não foi localizado para comentar o assunto. Ele deveria ter sido detido ontem.


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