São Paulo, quarta-feira, 07 de fevereiro de 2001

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Pesquisa no AM testa bactéria contra mosquito

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) estudam os efeitos da bactéria Bacillus thuringiensis na fórmula granulada para eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti -transmissor da dengue e da febre amarela.
A pesquisa está sendo realizada já há três meses em casas do bairro Coroado, na zona leste de Manaus.
Na pesquisa no Amazonas, o bacilo está sendo depositado em recipientes que armazenam água de chuva.
"A larva nasce, come a bactéria e morre", explicou o coordenador da pesquisa pelo Inpa, Wanderli Pedro Tadei.
De acordo com o pesquisador da pesquisa, os agentes de saúde estão verificando que o mosquito transmissor da dengue apresenta resistência ao larvicida usado hoje pela Funasa para eliminar as larvas do mosquito.
Tadei afirmou que, após os testes, a Funasa pode passar a utilizar, ainda neste ano, o bacilo nas campanhas de prevenção a essas doenças.

Velas
Enquanto o bacilo ainda é estudado pelos institutos, uma parte da população de Manaus está utilizando os recursos naturais da floresta para eliminar o mosquito da dengue.
Os índios e ribeirinhos utilizam o óleo de andiroba -uma árvore típica da Amazônia com mais de 30 metros de altura- como repelente.
Em 1998, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) testou o bagaço da semente da planta como efeito repelente e o óleo como antiinflamatório.
Da pesquisa, nasceu a vela de andiroba. Estudos também foram executados pelo Iepa (Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá).
A produção de vela com óleo de andiroba cresceu de 30 caixas por mês para 15 caixas ao dia na pequena fábrica da artesã Polyana Souza da Silva.


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