São Paulo, quarta-feira, 07 de fevereiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Polícia entra em alerta após ataque a ônibus e carro da PM

3 coletivos foram queimados e 1 veículo policial alvo de tiros na zona sul de SP

Forças de segurança foram alertadas por volta das 16h sobre a possibilidade de ataques, após uma escuta, e entraram em sobreaviso

DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo menos quatro atentados foram registrados ontem à noite na capital paulista. Em um deles, homens atiraram contra um carro da Polícia Militar. Três ônibus foram incendiados
Não havia informações sobre feridos até o fechamento desta edição. Ninguém foi preso.
Durante a tarde, policiais receberam um alerta de que integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) planejavam ações no Estado.
Os atentados começaram no Parque Bristol (zona sul). Um ônibus foi incendiado na rua François Bunet, por volta das 21h20 de ontem. O veículo, que fazia a linha Parque Bristol-Metrô Vila Mariana, estava estacionado no ponto final.
No mesmo bairro, dois outros ônibus foram incendiados. O primeiro na rua Dr. Luis Gonçalves Jr. e outro na avenida Amilcar Veloso Pederneiras, segundo informações de policiais militares que trabalham na região.
Cerca de uma hora depois, dois ônibus da linha 4542 (Jd. Clímax/Metrô São Judas), foram atacados de forma semelhante, também em um ponto final. O cobrador José Jonais Ribeiro Alves, 49 anos, jantava dentro do ônibus e foi surpreendido pelo bando armado. "Entrou um homem armado e mandou eu descer. Em seguida, entrou outro e começou a jogar gasolina em todo o ônibus. Corri para dentro de um bar."
O cobrador teve uma bolsa com documento e algum dinheiro queimados.
No quarto atentado, homens atiraram contra um carro da PM que estava estacionado em frente à estação de trem do Ipiranga, também na zona sul.
Segundo policiais da 2ª companhia do 3º Batalhão, responsável pelo policiamento da área, mais de dez tiros partiram de homens que estavam um viaduto que fica nas proximidades da estação.
Os disparos, provavelmente de revólver, foram dados de cima para baixo. Os dois policiais -um homem e um mulher- não estavam dentro do carro e não se feriram. Segundo informações iniciais, os atiradores poderiam estar em uma moto.
A Folha apurou que por volta das 16h de ontem as forças de segurança do Estado de São Paulo foram orientadas a ficar de sobreaviso após um departamento da polícia flagrou um salve (ordem, na linguagem dos presos) de membro do PCC em uma escuta telefônica.
Depois disso, o comando da Polícia Civil repassou um alerta amarelo (significa ficar atento) para todos os distritos e departamentos. Alguns DPs chegaram a fechar as portas, policiais civis que usam roupas com logos da polícia evitaram utilizá-los ou as cobriram com blusas compridas.
Ontem, o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) fez uma blitz na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km de São Paulo), unidade onde foi isolada parte do comando do PCC.
A Folha apurou que, após a apreensão de celulares, chips e porções de maconha, houve uma troca de celas.
Dois detentos, Gegê do Mangue e Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, ambos ligados ao PCC, se recusaram a deixar suas celas e houve um princípio de tumulto. A situação foi controlada e a troca de celas entre os detentos foi concluída.


Texto Anterior: Foi apenas um acidente, diz advogado
Próximo Texto: Preso acusado de matar diretor de CDP
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.