São Paulo, quarta-feira, 07 de março de 2007

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Congonhas terá pista liberada antes do prazo

Mas obra que vai evitar fechamento em dia de chuva vai atrasar 33 dias

Aplicação das ranhuras que permitem o escoamento da água no pavimento será feita no horário em que o aeroporto estiver fechado

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A conclusão da reforma que irá garantir a segurança em dias de chuva na pista auxiliar do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, vai atrasar 33 dias (passa de 27 de junho para 30 de julho). Mas a liberação dessa pista para pousos e decolagens deve ser adiantada de 27 para 12 de maio.
Nesse intervalo, será concluído o "grooving" (ranhuras transversais ao pavimento que auxiliam no escoamento da água e garantem maior aderência aos pneus das aeronaves nos pousos e decolagens), quando o aeroporto estiver fechado.
A obra completa, iniciada em 27 de fevereiro e que visa permitir que Congonhas opere mesmo com pista molhada, estava programada para durar 120 dias (27 de junho).
Mas esse prazo de finalização total da obra foi estendido para 30 de julho porque, com a ampliação do horário de funcionamento do aeroporto -passou das 6h às 23h para 5h30 à 0h30-, os operários terão duas horas a menos por dia para trabalhar em Congonhas.
Isso porque o "grooving" só pode ser feito, por questão de segurança, no período em que o aeroporto está fechado.
"A gente tinha um planejamento e, devido à extensão dos horários, esse serviço vai precisar de um prazo, uma dilatação", afirmou ontem Rogério Baro, gerente de empreendimentos da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária).
Por enquanto, apenas a pista principal funciona, mas a auxiliar, que está interditada, será liberada pela Infraero antes mesmo da reforma total (que inclui o "grooving") e do prazo previsto (27 de maio).
"Acreditamos que a pista auxiliar volte a operar em 75 dias [12 de maio]", declarou Edgard Brandão Jr. Quando isso ocorrer, a pista já terá sido recapeada e corrigida com asfalto, faltando apenas o "grooving".
Procurado pela Folha, o Sindicato Nacional dos Aeronautas defendeu que a liberação só ocorra após a reforma na pista auxiliar estar completa, para garantir a segurança da aeronave e dos passageiros.
"A pista pode operar sem o "grooving", que só tem papel em condições de chuva. Contudo, se existisse o "grooving", o aeroporto poderia operar com chuva porque não se formaria a lâmina d'água na pista que provoca a aquaplanagem", disse Célio Eugênio de Abreu Jr., 52, assessor de segurança de vôo do sindicato.


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