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Congonhas terá pista liberada antes do prazo
Mas obra que vai evitar fechamento em dia de chuva vai atrasar 33 dias
Aplicação das ranhuras que permitem o escoamento da água no pavimento será feita no horário em que o aeroporto estiver fechado
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
A conclusão da reforma que
irá garantir a segurança em dias
de chuva na pista auxiliar do aeroporto de Congonhas, na zona
sul de São Paulo, vai atrasar 33
dias (passa de 27 de junho para
30 de julho). Mas a liberação
dessa pista para pousos e decolagens deve ser adiantada de 27
para 12 de maio.
Nesse intervalo, será concluído o "grooving" (ranhuras
transversais ao pavimento que
auxiliam no escoamento da
água e garantem maior aderência aos pneus das aeronaves nos
pousos e decolagens), quando o
aeroporto estiver fechado.
A obra completa, iniciada em
27 de fevereiro e que visa permitir que Congonhas opere
mesmo com pista molhada, estava programada para durar
120 dias (27 de junho).
Mas esse prazo de finalização
total da obra foi estendido para
30 de julho porque, com a ampliação do horário de funcionamento do aeroporto -passou
das 6h às 23h para 5h30 à
0h30-, os operários terão duas
horas a menos por dia para trabalhar em Congonhas.
Isso porque o "grooving" só
pode ser feito, por questão de
segurança, no período em que o
aeroporto está fechado.
"A gente tinha um planejamento e, devido à extensão dos
horários, esse serviço vai precisar de um prazo, uma dilatação", afirmou ontem Rogério
Baro, gerente de empreendimentos da Infraero (Empresa
Brasileira de Infra-estrutura
Aeroportuária).
Por enquanto, apenas a pista
principal funciona, mas a auxiliar, que está interditada, será
liberada pela Infraero antes
mesmo da reforma total (que
inclui o "grooving") e do prazo
previsto (27 de maio).
"Acreditamos que a pista auxiliar volte a operar em 75 dias
[12 de maio]", declarou Edgard
Brandão Jr. Quando isso ocorrer, a pista já terá sido recapeada e corrigida com asfalto, faltando apenas o "grooving".
Procurado pela Folha, o Sindicato Nacional dos Aeronautas defendeu que a liberação só
ocorra após a reforma na pista
auxiliar estar completa, para
garantir a segurança da aeronave e dos passageiros.
"A pista pode operar sem o
"grooving", que só tem papel em
condições de chuva. Contudo,
se existisse o "grooving", o aeroporto poderia operar com chuva porque não se formaria a lâmina d'água na pista que provoca a aquaplanagem", disse
Célio Eugênio de Abreu Jr., 52,
assessor de segurança de vôo
do sindicato.
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