|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MARIA NAZARETH DE CARVALHO THIOLLIER (1920-2010)
Seu último desejo: dar o nome do pai ao parque na Paulista
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois anos antes da Semana
de Arte Moderna de 1922,
nasceu Maria Nazareth Thiollier, no número 1.853 da avenida Paulista, em SP. Ali, na
esquina com a alameda Ministro Rocha Azevedo, o avô
dela construíra um casarão,
na chamada Villa Fortunata.
Artista plástica, Nazareth
era filha de René Thiollier,
cuja história é tão rica e ligada
à capital que a filha tinha acabado de fazer um livro sobre
ele -a publicação sairá em
breve, conta Di Bonetti, curadora das obras de Anita Malfatti que ajudou no trabalho.
Entre as muitas coisas que
fez, René foi um dos organizadores da Semana de 1922. Nazareth, por isso, cresceu no
meio de escritores e artistas.
Na década de 70, alguns
anos após a morte dele, a família vendeu a propriedade,
onde hoje funciona um parque -para a insatisfação dos
Thiollier, chamado pela prefeitura de Mario Covas.
Desde que ganhou tal designação, Nazareth iniciou
uma briga para a área ter o nome do pai -há, inclusive, um
projeto de lei na Câmara Municipal propondo a alteração.
Conta a amiga curadora
que a artista plástica era um
senhora de bem com a vida,
conciliadora e de "cabeça jovem", devido à intensa convivência mantida com os netos.
Estava com um projeto de
publicar outro livro, com as
poesias da filha já morta, mas,
na quarta, em decorrência de
um AVC (acidente vascular
cerebral), Nazareth morreu
aos 90. Teve quatro filhos, nove netos e 11 bisnetos. A missa
de sétimo dia será na terça, às
9h, na igreja São José, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Smartphone deixa amigo carente e silencia papo de bar Índice
|