São Paulo, domingo, 07 de março de 2010

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MARIA NAZARETH DE CARVALHO THIOLLIER (1920-2010)

Seu último desejo: dar o nome do pai ao parque na Paulista

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dois anos antes da Semana de Arte Moderna de 1922, nasceu Maria Nazareth Thiollier, no número 1.853 da avenida Paulista, em SP. Ali, na esquina com a alameda Ministro Rocha Azevedo, o avô dela construíra um casarão, na chamada Villa Fortunata.
Artista plástica, Nazareth era filha de René Thiollier, cuja história é tão rica e ligada à capital que a filha tinha acabado de fazer um livro sobre ele -a publicação sairá em breve, conta Di Bonetti, curadora das obras de Anita Malfatti que ajudou no trabalho.
Entre as muitas coisas que fez, René foi um dos organizadores da Semana de 1922. Nazareth, por isso, cresceu no meio de escritores e artistas.
Na década de 70, alguns anos após a morte dele, a família vendeu a propriedade, onde hoje funciona um parque -para a insatisfação dos Thiollier, chamado pela prefeitura de Mario Covas.
Desde que ganhou tal designação, Nazareth iniciou uma briga para a área ter o nome do pai -há, inclusive, um projeto de lei na Câmara Municipal propondo a alteração.
Conta a amiga curadora que a artista plástica era um senhora de bem com a vida, conciliadora e de "cabeça jovem", devido à intensa convivência mantida com os netos.
Estava com um projeto de publicar outro livro, com as poesias da filha já morta, mas, na quarta, em decorrência de um AVC (acidente vascular cerebral), Nazareth morreu aos 90. Teve quatro filhos, nove netos e 11 bisnetos. A missa de sétimo dia será na terça, às 9h, na igreja São José, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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